29 junho 2010

Após sair da Presidência, Lula quer posto no exterior

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu publicamente ontem, pela primeira vez, seu desejo de ocupar algum cargo na área internacional após o término de seu segundo mandato, no dia 1.º de janeiro. Em artigo divulgado pelo site do jornal britânico Financial Times, o mais prestigioso do mundo na área econômica, Lula disse: "Após deixar a Presidência, quero continuar contribuindo para a melhoria da qualidade da vida da população. Ao nível internacional pretendo concentrar minha atenção em iniciativas que beneficiem países da América Latina e do Caribe e o continente africano."

No parágrafo seguinte, ele deixou seu projeto ainda mais explícito: "Quero levar adiante os esforços feitos pelo meu governo no sentido de criar um mundo multilateral e multipolar, livre da fome e da pobreza. Um mundo no qual a paz não seja uma utopia distante, mas uma possibilidade concreta."

O projeto de Lula já foi abordado mais de uma vez pela imprensa, com informações de que estaria pretendendo um cargo na Organização das Nações Unidades (ONU) ou no Banco Mundial. Até agora, no entanto, ele não havia falado diretamente sobre o assunto. O artigo assinado pelo presidente faz parte de um caderno especial sobre o Brasil, que circula hoje com a edição impressa do jornal.

Sob o título "O Novo Brasil", o caderno destaca a estabilidade e o recente crescimento da economia brasileira, comparando o País a um adolescente que cresceu rapidamente, parece confiante e ansioso para deixar suas marcas no cenário internacional, mas ainda enfrenta problemas, como se não estivesse acostumado com sua própria estatura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Glória:

Atenção: a manchete d' "O Estado" é enganosa. Repare que em nenhum momento Lula diz "querer um posto no exterior". Apenas declara que quer cuidar da melhoria da qualidade de vida da população, e que pretende "concentrar [sua] atenção em iniciativas que beneficiem países da América Latina, Caribe e o continente africano". Isso é muito diferente de querer um posto tipo Secretaria-Geral da ONU. Em outras entrevistas, ele havia reiterado que pretendia trabalhar no Brasil, mesmo estendendo seu interesse a projetos de âmbito internacional.

Horácio

alexandre disse...

Inclusive o blog do planalto desmentiu num post divertidamente intitulado"Folha e estadão viajam na maionese".