Blog do Altamiro Borges
“O DEM é uma merda”. A frase do bufão Roberto Jefferson, presidente do PTB, grafada no seu twitter, confirma a guerra civil que se instalou na base de apoio do candidato José Serra. Diante da insólita indicação de Álvaro Dias para seu vice, sem qualquer consulta aos aliados, os demos resolveram se rebelar e ameaçaram abandonar a coligação. O novo aliado, o petebista-fisiológico Bob Jefferson, decidiu então tomar as dores do presidenciável e ligou o ventilador no esgoto.
O caos se implantou bem no mês em que comando serrista prometera ser o da “arrancada para a vitória”, apostando no seu programa gratuito de rádio e TV. De uma só tacada, Serra colocou em risco a frágil aliança neoliberal-conservadora, antes composta por PSDB, DEM, PPS e PTB. Os demos estão se sentindo humilhados e já prevêem o total definhamento do partido. “A eleição nós já perdemos, não podemos perder é o caráter”, desabafou Rodrigo Maia, presidente do DEM.
Resistências no inferno
A situação dos demos é realmente delicada – dizem que até o diabo está irritado com o apelido e que já anunciou que não os aceita no inferno. O partido sempre foi um apêndice do PSDB e não se preparou para enfrentar uma possível apunhalada de José Serra, famoso por suas infidelidades – que o diga Geraldo Alckmin, traído em plena campanha para prefeito de São Paulo. Durante o reinado de FHC, ele ainda elegeu numerosas bancadas mamando nos cofres públicos. Afastados do poder, ele só colheu derrotas – em quatro legislaturas, caiu de 105 para 56 deputados federais.
O dilema é grande. O DEM é um “partido de merda ou de cagões”? Terá coragem para romper a aliança com José Serra, tirando-lhe preciosos minutos do horário eleitoral na rádio e TV? Ou continuará como mero apêndice dos tucanos, aceitando todo tipo de humilhações e traições? De qualquer forma, a situação dos demos é trágica. Já há estudos que indicam que sua bancada deve cair para menos de 40 deputados. E existem boatos de que seus líderes analisam a possibilidade da fundação de um novo partido ou da fusão com outra tranqueira neoliberal.
As trapalhadas tucanas
Trágica também é a situação do presidenciável José Serra, que parece caminhar para o cadafalso. No mês da “arrancada para a vitória’, o candidato só colheu péssimas notícias. Primeiro foi FHC que abandonou o barco, confessando as enormes dificuldades do candidato tucano. Depois foi o Ibope, instituto vinculado à direita, que confirmou a dianteira nas pesquisas de Dilma Rousseff. Agora é o DEM que chuta o pau da barraca e cria novos constrangimentos à oposição neoliberal.
Até a mídia golpista, sempre tão servil a José Serra, está irritada com os rumos da sua campanha. O jornal O Globo já deu matéria com o título “Uma grande trapalhada tucana”. Vários colunistas tucanos têm pedido urgência para resolver o impasse com o DEM, sugerindo a retirada do nome do ex-governador Álvaro Dias. Também neste caso, qualquer que seja a solução negociada, a “merda” – para usar o dicionário do deputado cassado Roberto Jefferson – já terá se espalhado.
“O DEM é uma merda”. A frase do bufão Roberto Jefferson, presidente do PTB, grafada no seu twitter, confirma a guerra civil que se instalou na base de apoio do candidato José Serra. Diante da insólita indicação de Álvaro Dias para seu vice, sem qualquer consulta aos aliados, os demos resolveram se rebelar e ameaçaram abandonar a coligação. O novo aliado, o petebista-fisiológico Bob Jefferson, decidiu então tomar as dores do presidenciável e ligou o ventilador no esgoto.
O caos se implantou bem no mês em que comando serrista prometera ser o da “arrancada para a vitória”, apostando no seu programa gratuito de rádio e TV. De uma só tacada, Serra colocou em risco a frágil aliança neoliberal-conservadora, antes composta por PSDB, DEM, PPS e PTB. Os demos estão se sentindo humilhados e já prevêem o total definhamento do partido. “A eleição nós já perdemos, não podemos perder é o caráter”, desabafou Rodrigo Maia, presidente do DEM.
Resistências no inferno
A situação dos demos é realmente delicada – dizem que até o diabo está irritado com o apelido e que já anunciou que não os aceita no inferno. O partido sempre foi um apêndice do PSDB e não se preparou para enfrentar uma possível apunhalada de José Serra, famoso por suas infidelidades – que o diga Geraldo Alckmin, traído em plena campanha para prefeito de São Paulo. Durante o reinado de FHC, ele ainda elegeu numerosas bancadas mamando nos cofres públicos. Afastados do poder, ele só colheu derrotas – em quatro legislaturas, caiu de 105 para 56 deputados federais.
O dilema é grande. O DEM é um “partido de merda ou de cagões”? Terá coragem para romper a aliança com José Serra, tirando-lhe preciosos minutos do horário eleitoral na rádio e TV? Ou continuará como mero apêndice dos tucanos, aceitando todo tipo de humilhações e traições? De qualquer forma, a situação dos demos é trágica. Já há estudos que indicam que sua bancada deve cair para menos de 40 deputados. E existem boatos de que seus líderes analisam a possibilidade da fundação de um novo partido ou da fusão com outra tranqueira neoliberal.
As trapalhadas tucanas
Trágica também é a situação do presidenciável José Serra, que parece caminhar para o cadafalso. No mês da “arrancada para a vitória’, o candidato só colheu péssimas notícias. Primeiro foi FHC que abandonou o barco, confessando as enormes dificuldades do candidato tucano. Depois foi o Ibope, instituto vinculado à direita, que confirmou a dianteira nas pesquisas de Dilma Rousseff. Agora é o DEM que chuta o pau da barraca e cria novos constrangimentos à oposição neoliberal.
Até a mídia golpista, sempre tão servil a José Serra, está irritada com os rumos da sua campanha. O jornal O Globo já deu matéria com o título “Uma grande trapalhada tucana”. Vários colunistas tucanos têm pedido urgência para resolver o impasse com o DEM, sugerindo a retirada do nome do ex-governador Álvaro Dias. Também neste caso, qualquer que seja a solução negociada, a “merda” – para usar o dicionário do deputado cassado Roberto Jefferson – já terá se espalhado.
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