02 janeiro 2010

Na foto, garis varrem os Boris Casoys da vida


Gari e Margarida

“A maioria dos brasileiros – e até mesmo muitos dos que trabalham no setor – desconhecem como eles, os garis, foram incorporados ao dia-a-dia pela população. Mas essa dúvida termina quando é preciso identificar um coletor, que remove o lixo, ou uma varredora, que limpa as ruas. Aí é só chamar o gari ou a margarida e tudo se resolve.

A palavra gari vem do nome de Pedro Aleixo Gari que, durante o Império, assinou com a Corte brasileira o primeiro contrato de limpeza urbana no Brasil. Aleixo costumava reunir no Rio de Janeiro, cidade onde morava, funcionários para limpar as ruas após a passagem de cavalos, o que nessa época era muito comum.

Os cariocas se acostumaram com esse trabalho e sempre mandavam chamar a “turma do Gari” para executá-lo. Aos poucos e de tanto repeti-lo, a população da cidade associou o sobrenome de Aleixo Gari aos funcionários que cuidam da limpeza das ruas. Assim, o nome gari se espalhou para o restante do País.

Em homenagem a ele a Comlurb mantém em Campo Grande, no Rio de Janeiro, uma fábrica de utensílio para limpeza urbana que leva o nome de fábrica Aleixo Gari.”

Já Margarida foi assim:

“No início da década de 70, havia carência de mão-de-obra masculina em São Paulo para serviços de varrição, já que os melhores profissionais eram requisitados pelas empresas responsáveis pela construção do metrô. Naquela época, o então gerente da filial Piracicaba, José Mauro Porto, foi designado pela diretoria de Operações da VEGA para incluir as mulheres no serviço de limpeza pública.

A experiência pioneira foi feita com absoluto sucesso e, logo em seguida, repetida em outras regiões, na Capital. Antes mesmo de o teste ser feito em São Paulo, havia uma preocupação em encontrar um nome popular que servisse de alternativa aos já tradicionais, como varredora e servente.

Pensou-se na cor branca, que é sinônimo de limpeza, e na flor, que representa a mulher. Imediatamente, margarida foi considerada o mais adequado, inclusive porque nesse nome está contida a palavra gari. Dias depois, a mídia e a sociedade em geral aceitaram – e elogiaram – o ingresso da mulher na nova atividade profissional junto com seu apelido de trabalho.

E assim surgiram os apelidos Gari e Margarida. Só para acrescentar, também é comum chamar as mulheres de Gari, sendo Margarida um termo até que desconhecido da maioria das pessoas.

O dia do Gari é 16 de maio.

Fonte: Prefeitura Municipal de Livramento de Nossa Senhora

4 comentários:

Antonio Carlos disse...

Valeu! Isso é informação.

São trabalhadores que fazem um trabalho digno e são mal remunerados. Merecem respeito.

ELILUC disse...

...ese cierto!!!.
un abrazo

Anônimo disse...

Gabiru midiático

Boris Casoy representa o modelo de jornalista querido, preferido e admirado pelo patronato da mídia mercantilista brasileira. Ele nela se encaixa como uma luva perfeita. Este porta-voz midiático tem todos os requesitos exigidos pela banda fascista da sociedade brasileira.

Ele materializa com muita competência em jeito, trejeitos, por dentro e por fora, a falsa moral e toda a hipocrisia de uma classe preconceituosa, escravagista, apátrida e antinacional. Representa a banda podre do jornalismo, vem de longe, desde os tempos da UDN (União Democrática Nacional) partido golpista. Nesse tempo já desempenhava com devotado fervor o papel de grande vassalo de políticos, cuja qualidade maior era incentivar o golpe civil-militar de 1964. Portanto, tem muita tradição.

Os garis, gente brasileira simples e honesta, medalhistas anônimos da maratona do trabalho insalubre das "olimpíadas" de todos os dias. Esta gente tinha todo o direito de nada dizer para uma sociedade que tanto os humilha. E se assim eles fizessem seria natural e perfeitamente compreendidos. Mas, eles mostrando bondade, dignidade, respeito e desprendimento, mandaram uma mensagem positiva para todos, sem qualquer preconceito.

Mas o jagunço midiático, vanguarda dos modernos coroneis da mídia, pensava que estava fora do ar e fez o comentário. Esse gabiru do jornalismo, na ansiedade incontida para despejar o veneno cometeu um ato falho. Assim, ocorreu uma raridade, pela primeira vez, ele foi realmente sincero, no ar!!

Francisco Solano de Lima
João Pessoa - PB
02-01-2010

Ventura Picasso disse...

Acredito que os sindicatos que representam esses trabalhadores, Brasil afora, entrem com uma ação por danos morais etc, uma vez que a tal 'escala mais baixa de trablhadores' não existe (existe preconceito).
Uma coisa, pelo menos ganhamos: Esse cara, o Boris, não mediará os debates entre os presidenciáveis. Ele "se" saiu pelos esgotos. Que descarga!
Gostei muito do seu blog Gloria e, atrevidamente, linkei.
www.picassoventura.blogspot.com