Elenco de novela coloca no ar vídeo contra a usina hidrelétrica, mistura realidade e ficção, usa apelo erótico e convoca “primavera árabe” para brecar a construção, mas os argumentos são toscos; é a versão sustentável do Cansei
247 – “De onde tiraram essa ideia de que energia hidrelétrica é energia limpa?”, pergunta a atriz Maitê Proença. “Seria energia limpa se fosse no deserto”, responde a também atriz Letícia Sabatella. Ah, bom. Água no deserto. É com argumentos desse naipe que uma constelação de atores globais se uniu para bloquear a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. O vídeo, com um elenco digno de uma novela das oito, está disponível no youtube. É uma peça de propaganda, organizada por um movimento chamado Gota D´Água, na qual é difícil separar o que é realidade e o que é ficção (assista, no pé deste artigo).
“Neste momento, em todo o mundo, milhares de pessoas estão indo às ruas para protestar e mudar o seu destino”, convoca o galã Sergio Marone. “Vocês entendem que se a gente conseguir uma enorme quantidade de assinaturas, a gente pode parar essa obra”, prossegue Ingrid Guimarães. Parece ser uma convocação para uma primavera árabe brasileira, com viés ambiental.
Mais adiante, vem o apelo erótico. Maitê Proença tira o sutiã para “ficar mais à vontade”. E, do lado de cá, quem assiste fica na expectativa de ver os seios da bela balzaquiana. Enquanto isso, Juliana Paes dá uma piscadinha e diz que ainda está no ar. Sergio Marone também se insinua, ao dizer que não é o Leonardo Di Caprio, mas pedindo também uma assinatura pela petição. Uau: será que os globais tiram a roupa por Belo Monte? Ficam peladões pelos índios do Xingu? No fim do vídeo, passado o clímax, o respeitável Ary Fontoura dá uma lição de moral na presidente Dilma: “Que país a senhora quer deixar para os seus netos?”
Argumentos toscos
Os problemas, no vídeo, são amazônicos. Em primeiro lugar, não fica claro se aquilo é um manifesto espontâneo dos artistas ou uma peça de propaganda, tal a encenação dos atores. Em segundo lugar, os argumentos são frágeis. Quando Eriberto Leão grita pela energia eólica, ninguém lhe pergunta se ele sabe quais são os custos e o impacto ambiental das gigantescas torres de concreto. E quando Bruno Mazzeo fala em colocar os peixes da Amazônia num aquário, ironiza uma situação que, sim, é levada em conta pelas equipes de engenharia que tocam as obras. Tanto no Rio Madeira quanto em Belo Monte, há compensações ambientais significativas.
O mais grave, no entanto, diz respeito ao protesto sobre o custo da obra. “Trinta bilhõooooooooooes”, enfatizam os atores. “O meu, o seu, o nosso dinheiro”, reforça Maitê Proença.
Mas, peraí. Maitê Proença não é aquela que entrou na Justiça para garantir o direito a uma pensão vitalícia do governo paulista de R$ 13 mil? Sim, ela mesma. Como o pai, ex-promotor, e a mãe, morreram, ela teria direito ao benefício eterno se não se casasse. Mas durante anos Maitê viveu com o lobista Paulo Marinho, sem que jamais tenha se casado no papel, apenas para preservar o benefício. E agora ela aparece preocupada com “o meu, o seu, o nosso dinheiro”.
Em vez de tirar o sutiã, Maitê, devolve a pensão!
De fato, o vídeo dos atores globais foi a gota d´água.
Em favor de Belo Monte.
Assista, agora, à porcaria, digo, vídeo do Movimento Gota D´Água aqui.
247 – “De onde tiraram essa ideia de que energia hidrelétrica é energia limpa?”, pergunta a atriz Maitê Proença. “Seria energia limpa se fosse no deserto”, responde a também atriz Letícia Sabatella. Ah, bom. Água no deserto. É com argumentos desse naipe que uma constelação de atores globais se uniu para bloquear a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. O vídeo, com um elenco digno de uma novela das oito, está disponível no youtube. É uma peça de propaganda, organizada por um movimento chamado Gota D´Água, na qual é difícil separar o que é realidade e o que é ficção (assista, no pé deste artigo).
“Neste momento, em todo o mundo, milhares de pessoas estão indo às ruas para protestar e mudar o seu destino”, convoca o galã Sergio Marone. “Vocês entendem que se a gente conseguir uma enorme quantidade de assinaturas, a gente pode parar essa obra”, prossegue Ingrid Guimarães. Parece ser uma convocação para uma primavera árabe brasileira, com viés ambiental.
Mais adiante, vem o apelo erótico. Maitê Proença tira o sutiã para “ficar mais à vontade”. E, do lado de cá, quem assiste fica na expectativa de ver os seios da bela balzaquiana. Enquanto isso, Juliana Paes dá uma piscadinha e diz que ainda está no ar. Sergio Marone também se insinua, ao dizer que não é o Leonardo Di Caprio, mas pedindo também uma assinatura pela petição. Uau: será que os globais tiram a roupa por Belo Monte? Ficam peladões pelos índios do Xingu? No fim do vídeo, passado o clímax, o respeitável Ary Fontoura dá uma lição de moral na presidente Dilma: “Que país a senhora quer deixar para os seus netos?”
Argumentos toscos
Os problemas, no vídeo, são amazônicos. Em primeiro lugar, não fica claro se aquilo é um manifesto espontâneo dos artistas ou uma peça de propaganda, tal a encenação dos atores. Em segundo lugar, os argumentos são frágeis. Quando Eriberto Leão grita pela energia eólica, ninguém lhe pergunta se ele sabe quais são os custos e o impacto ambiental das gigantescas torres de concreto. E quando Bruno Mazzeo fala em colocar os peixes da Amazônia num aquário, ironiza uma situação que, sim, é levada em conta pelas equipes de engenharia que tocam as obras. Tanto no Rio Madeira quanto em Belo Monte, há compensações ambientais significativas.
O mais grave, no entanto, diz respeito ao protesto sobre o custo da obra. “Trinta bilhõooooooooooes”, enfatizam os atores. “O meu, o seu, o nosso dinheiro”, reforça Maitê Proença.
Mas, peraí. Maitê Proença não é aquela que entrou na Justiça para garantir o direito a uma pensão vitalícia do governo paulista de R$ 13 mil? Sim, ela mesma. Como o pai, ex-promotor, e a mãe, morreram, ela teria direito ao benefício eterno se não se casasse. Mas durante anos Maitê viveu com o lobista Paulo Marinho, sem que jamais tenha se casado no papel, apenas para preservar o benefício. E agora ela aparece preocupada com “o meu, o seu, o nosso dinheiro”.
Em vez de tirar o sutiã, Maitê, devolve a pensão!
De fato, o vídeo dos atores globais foi a gota d´água.
Em favor de Belo Monte.
Assista, agora, à porcaria, digo, vídeo do Movimento Gota D´Água aqui.
5 comentários:
Sera que esse bando de alienados estao dispostos a abrir mao do seu chuveiro eletrico, micro-ondas, ar condicionado,escova pra espichar os cabelos,etc?
Ou sera que na cabecinha deles, os pobres nao tem direito a esses beneficios e so eles tem?
Oh gente burra e alienada!!!
Atores preocupados com o meio-ambiente? Por acaso eles deixam de usar o carro para ir trabalhar? Deixam de consumir produtos descartáveis? Deixam de utilizar produtos elétricos porque as hidrelétricas (sem falar em Angra I e II) já construídas também causam impacto ambiental?
É cada um que me aparece...
Babacas da Rede Globo, seria mais útil se vocês fossem protestar contra o derramento de óleo da Chevron.
Tá certo que quando a pessoa não serve para nada vira ator ou atrz , deixando de lado o perfil de idiotas dessa turma eu queria ver eles viverem sem energia elétrica durante um mês.
Sera que não mudariam de opinião no segundo dia?
Ou gostaria de ver a turma do greenpeace ir numa convenção na Nove Zelandia de barco a remo , pois o vultuoso navio dessa turma é a disel,
Quanta babaquice.
Relatório
Levantamento de campo para reconhecimento e classificação de espécies nataurais, idetificou que se trata de quatro animais mamíferos, bípedes, com cinco dedos, incluindo o polegar indicador, portanto do tipo humano, que evoluiram socialmente para a variedade almofadinha, muito comum na família "globus alienantes".
O grupo dos quatro exige cuidados especiais, pois quando fora do seu nincho de ambiente climatizado do tipo dos shopping center e assemelhados, entram com muita facilidade em transe e costumam falar coisas sem qualquer nexo e apresentam falhas de sinapse neuronial.
Para evitar problemas de falha de sinapse, sugerimos colocar os quatro almofadinhas em ambiente climatizado, com uma pequena pauta do tipo novela das oito, para ser decorada, cujo título pode ser: Pedidos em Belo Monte. Isto resolverá a falha de sinapse e o comportamento ecofarsante.
Chico Barauna
18-11-2011.
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