Bildzeitung pergunta: Devemos enviar tropas (para a Líbia)?
Vejam só os alemães, que provocaram as duas maiores guerras da história da humaninade, loucos para exercitarem seus exércitos alem do Afeganistão, Iraque e outros pontos interessantes para a defesa de seus interesses.
5 comentários:
Anônimo
disse...
As cartas do jogo
Direitos humanos, valor universal a ser sempre defendido. Democracia sempre foi relativa, depende de cada País. Entretanto, na Líbia, o que está agora em jogo nada tem a ver com a verdadeira defesa dos direitos humanos, nem com a Democracia.
Os Estados Unidos manobram para invadir a Líbia com o apoio da OTAN. No jogo, divesos interesses, entre eles o petróleo bom e barato que na Líbia é de excelente qualidade. Se petróleo significa democracia e direitos humanos, então tudo bem.
Afinal, para que serve a OTAN na Europa? Tudo pronto, esperam o desenrolar dos acontecimentos, o momento mais adequado para dar o bote. Enquanto isto a 5ª Frota dos EUA continua estacionada no Oriente Médio, onde espera a OTAN. Mas, dependendo das facilidades pode até entrar sozinha.
No caso da OTAN entrar, claro que a Alemanha quer a sua parte neste grande latifúndio. Dúvidas nenhuma, e vamos que vamos fazer a guerra santa pela democracia, pelos direitos humanos.
A Líbia atualmente possui mais de 6 milhões de habitantes. Noventa e cinco por cento do território é formado por um deserto, debaixo do qual se esconde a sua riqueza, ptróleo, gás e água doce.
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Líbia foi ocupada por tropas da Alemanha e da Inglaterra (Reino Unido). De um lado, as tropas eram comandadas pelo famoso general alemão Erwin Rommel, e do outro, pelo general inglês Bernard L. Montgomery.
Em dezembro de 1951, a Líbia foi o primeiro país africano a alcançar sua independência. Em setembro de 1969, aconteceu a Revolução Líbia, que foi liderada por Muamar Kadafi, militar de origem beduína, que na juventude foi influenciado pelas idéias do líder egípcio Gamal Abdel Nasser. Assim, os líderes desta revolução derrubaram a monarquia corrupta que existia na Líbia.
Depois dessa Revolução, a Líbia foi ameaçada diversas vezes, e o líder Muamar Kadafi, autor do Livro Verde, foi por muito tempo demonizado pelo Ocidente, liderado pelos Estados Unidos e seus aliados europeus. Kadafi foi acusado de tudo, inclusive sofreu e escapou de diversos atentados, etc.
A Líbia, atualmente, possui jazidas de petróleo leve que somam 1,8 milhão de barris diários e imensos depósitos de gás natural. Foi com esta riqueza descoberta que o País atingiu a maior renda per cápita da África, e agora a sua população tem uma perspectiva de vida em torno de 75 anos.
Debaixo do deserto descobriu-se outra riqueza, um enorme lago de água, de onde foi possível obter água doce, que através de uma rede de aquedutos se distribuiu para todo o país.
Mas, veio a globalização, Muamar Kadafi se aproximou das potencias ocidentais e vice-versa, então Kadafi virou um democrata. Mas, recentemente reapareceu, voltou a ser demonizado, o grande ditador, novamente o senhor do mal. Agora na Líbia, existem manifestações, sabotagens, e uma cobertura da mídia cheia de mentiras, fotos falsas, etc. Muito difícil separar a verdade da mentira.
Mas, haja o que houver, uma coisa se sabe, os Estados Unidos e seus aliados não se preocupam com povo nem com a paz na Líbia. Estão envolvidos no caso, e através dos seus agentes tentam manobrar os acontecimentos, e dependendo do resultado, talvez em breve, resolva mandar a OTAN invadir. A retira de pessoal das embaixadas é algo sintomático.
Em 1969, Kadafi nacionalizou o petróleo, e depois, utilizou a maior parte dos recursos obtidos, para investir no desenvolvimento da Líbia. No campo social houve grande avanço nas condições de vida da população.
Em 1986, os EUA fizeram ataques aéreos em Trípoli e Bengazi, que resultaram na morte de 60 pessoas, incluindo a filha de Kadafi, que era uma criança. Além disto, impuseram sanções econômicas e comerciais, inclusive com o apoio da ONU.
Em 2003, os Estados Unidos bombardearam e invadiram o Iraque. Foi quando Kadafi tentou se aproximar dos Estados Unidos e seuas aliados europeus, com esta atitude visava evitar uma nova agressão. Por isto, fez diversas concessões políticas e econômicas.
Assim, aceitou o modelo neoliberal proposto e adotou as regras ditadas pelo FMI. Abriu a economia para os bancos, para as empresas estrangeiras, em resumo aplicou a receita de sempre, ajustes, privatização de empresas estatais, cortes de subsídios sociais, alimentos, combutíveis, etc.
A Líbia ficou vunerável, com preços elevados, desemprego, etc. Tudo agravado pela crise econômica do capitalismo mundial. Claro que isto atingiu a população líbia, e uma parte dela está descontente com o governo de Kadafi. Por aqui entraria a oposição controlada por líderes que são agentes externos.
Em 22 de fevereiro, a BBC mostrou muita gente em Bengazi retirando a bandeira verde da República da Líbia para colocar no lugar a bandeira do antigo rei Idris, que sempre foi um fantoche dos Estados Unidos e da Inglaterra.
Grande parte das reportagens ocidentais apresentam factóides fornecidos pelos grupo exilado da Frente Nacional para a Salvação da Líbia (National Front for the Salvation of Libya), treinada e financiada pela CIA. Enquanto isto, no que se refere ao Egito, Tunísia, fazem imensos esforços para tirar o povo das ruas.
Sabemos que somente o povo líbio tem legitimidade para decidir o seu futuro. Assim, o correto é apoiar o movimento naquilo que é justo, mas condenar qualquer tipo de intervenção das potências lideradas pelos Estados Unidos. Tudo pode acontecer, invasão, dividir a Líbia, vale qualquer coisa. Mas, uma coisa é certa, se Kadafi cair, colocarão qualquer fantoche, inclusive pode ser qualquer um desses príncipes de plantão.
A ONU não tem moral para autorizar invadir a Líbia, digo isso, porque fica inerte diante do massacre palestino pelos judeus. Nada faz. O Brasil, china e outros Países, fizeram muito bem, em não participar dessa farça. Tudo pelo petroleo, até agente aqui no fim do mundo estamos percebendo isso. Logo, logo, vão inventar argumento para invadir a Arábia Saudita, Venezuela e até Brasil, todos tem petróleo. Obama, coitado, vibrei tanto com a sua vitória, mas, estamos vendo que é apenas mais um.
5 comentários:
As cartas do jogo
Direitos humanos, valor universal a ser sempre defendido. Democracia sempre foi relativa, depende de cada País. Entretanto, na Líbia, o que está agora em jogo nada tem a ver com a verdadeira defesa dos direitos humanos, nem com a Democracia.
Os Estados Unidos manobram para invadir a Líbia com o apoio da OTAN. No jogo, divesos interesses, entre eles o petróleo bom e barato que na Líbia é de excelente qualidade. Se petróleo significa democracia e direitos humanos, então tudo bem.
Afinal, para que serve a OTAN na Europa? Tudo pronto, esperam o desenrolar dos acontecimentos, o momento mais adequado para dar o bote. Enquanto isto a 5ª Frota dos EUA continua estacionada no Oriente Médio, onde espera a OTAN. Mas, dependendo das facilidades pode até entrar sozinha.
No caso da OTAN entrar, claro que a Alemanha quer a sua parte neste grande latifúndio. Dúvidas nenhuma, e vamos que vamos fazer a guerra santa pela democracia, pelos direitos humanos.
Chico Barauna
25-02-2011.
A Líbia
A Líbia atualmente possui mais de 6 milhões de habitantes. Noventa e cinco por cento do território é formado por um deserto, debaixo do qual se esconde a sua riqueza, ptróleo, gás e água doce.
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Líbia foi ocupada por tropas da Alemanha e da Inglaterra (Reino Unido). De um lado, as tropas eram comandadas pelo famoso general alemão Erwin Rommel, e do outro, pelo general inglês Bernard L. Montgomery.
Em dezembro de 1951, a Líbia foi o primeiro país africano a alcançar sua independência. Em setembro de 1969, aconteceu a Revolução Líbia, que foi liderada por Muamar Kadafi, militar de origem beduína, que na juventude foi influenciado pelas idéias do líder egípcio Gamal Abdel Nasser. Assim, os líderes desta revolução derrubaram a monarquia corrupta que existia na Líbia.
Depois dessa Revolução, a Líbia foi ameaçada diversas vezes, e o líder Muamar Kadafi, autor do Livro Verde, foi por muito tempo demonizado pelo Ocidente, liderado pelos Estados Unidos e seus aliados europeus. Kadafi foi acusado de tudo, inclusive sofreu e escapou de diversos atentados, etc.
A Líbia, atualmente, possui jazidas de petróleo leve que somam 1,8 milhão de barris diários e imensos depósitos de gás natural. Foi com esta riqueza descoberta que o País atingiu a maior renda per cápita da África, e agora a sua população tem uma perspectiva de vida em torno de 75 anos.
Debaixo do deserto descobriu-se outra riqueza, um enorme lago de água, de onde foi possível obter água doce, que através de uma rede de aquedutos se distribuiu para todo o país.
Mas, veio a globalização, Muamar Kadafi se aproximou das potencias ocidentais e vice-versa, então Kadafi virou um democrata. Mas, recentemente reapareceu, voltou a ser demonizado, o grande ditador, novamente o senhor do mal. Agora na Líbia, existem manifestações, sabotagens, e uma cobertura da mídia cheia de mentiras, fotos falsas, etc. Muito difícil separar a verdade da mentira.
Mas, haja o que houver, uma coisa se sabe, os Estados Unidos e seus aliados não se preocupam com povo nem com a paz na Líbia. Estão envolvidos no caso, e através dos seus agentes tentam manobrar os acontecimentos, e dependendo do resultado, talvez em breve, resolva mandar a OTAN invadir. A retira de pessoal das embaixadas é algo sintomático.
Chico Barauna
25-02-2011.
Salve Salve Gloria
Direitos humanos e capitalismo é meio como que esquisito.
Saudações
A Líbia (2)
Em 1969, Kadafi nacionalizou o petróleo, e depois, utilizou a maior parte dos recursos obtidos, para investir no desenvolvimento da Líbia. No campo social houve grande avanço nas condições de vida da população.
Em 1986, os EUA fizeram ataques aéreos em Trípoli e Bengazi, que resultaram na morte de 60 pessoas, incluindo a filha de Kadafi, que era uma criança. Além disto, impuseram sanções econômicas e comerciais, inclusive com o apoio da ONU.
Em 2003, os Estados Unidos bombardearam e invadiram o Iraque. Foi quando Kadafi tentou se aproximar dos Estados Unidos e seuas aliados europeus, com esta atitude visava evitar uma nova agressão. Por isto, fez diversas concessões políticas e econômicas.
Assim, aceitou o modelo neoliberal proposto e adotou as regras ditadas pelo FMI. Abriu a economia para os bancos, para as empresas estrangeiras, em resumo aplicou a receita de sempre, ajustes, privatização de empresas estatais, cortes de subsídios sociais, alimentos, combutíveis, etc.
A Líbia ficou vunerável, com preços elevados, desemprego, etc. Tudo agravado pela crise econômica do capitalismo mundial. Claro que isto atingiu a população líbia, e uma parte dela está descontente com o governo de Kadafi. Por aqui entraria a oposição controlada por líderes que são agentes externos.
Em 22 de fevereiro, a BBC mostrou muita gente em Bengazi retirando a bandeira verde da República da Líbia para colocar no lugar a bandeira do antigo rei Idris, que sempre foi um fantoche dos Estados Unidos e da Inglaterra.
Grande parte das reportagens ocidentais apresentam factóides fornecidos pelos grupo exilado da Frente Nacional para a Salvação da Líbia (National Front for the Salvation of Libya), treinada e financiada pela CIA. Enquanto isto, no que se refere ao Egito, Tunísia, fazem imensos esforços para tirar o povo das ruas.
Sabemos que somente o povo líbio tem legitimidade para decidir o seu futuro. Assim, o correto é apoiar o movimento naquilo que é justo, mas condenar qualquer tipo de intervenção das potências lideradas pelos Estados Unidos. Tudo pode acontecer, invasão, dividir a Líbia, vale qualquer coisa. Mas, uma coisa é certa, se Kadafi cair, colocarão qualquer fantoche, inclusive pode ser qualquer um desses príncipes de plantão.
Chico Barauna
26-02-2011.
A ONU não tem moral para autorizar invadir a Líbia, digo isso, porque fica inerte diante do massacre palestino pelos judeus. Nada faz. O Brasil, china e outros Países, fizeram muito bem, em não participar dessa farça. Tudo pelo petroleo, até agente aqui no fim do mundo estamos percebendo isso. Logo, logo, vão inventar argumento para invadir a Arábia Saudita, Venezuela e até Brasil, todos tem petróleo. Obama, coitado, vibrei tanto com a sua vitória, mas, estamos vendo que é apenas mais um.
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