18 setembro 2010

Calúnia sempre surge a 15 dias da eleição, diz Dilma

Reuters

JUIZ DE FORA, Minas Gerais (Reuters) - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, mencionou indiretamente na sexta-feira as denúncias que derrubaram sua antecessora da Casa Civil Erenice Guerra e voltou a chamá-las de calúnias.

"Diante da eleição, aqueles que temem perder no voto utilizam calúnias e falsidade... vocês já perceberam que isso sempre acontece 15 dias antes da eleição?", indagou a candidata a uma plateia de mineiros durante comício em Juiz de Fora.

A presidenciável lembrou a campanha de 2002 quando, segundo ela, a oposição dizia que o Brasil iria parar, que iria ser o caos.

"Foi o caos? Não!", disse.

"O Brasil cresceu? Cresceu! Criou 10 milhões de empregos? Não, criou 14 milhões!", acrescentou.

Depois, afirmou que sua campanha tem muitas ferramentas para combater os "desesperançados".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, último a discursar, espezinhou a campanha do candidato a presidente pelo PSDB, José Serra. "Eu estou sabendo que tem gente nervosa e não somos nós", afirmou.

"Aqui em Minas Gerais tem gente que gostaria que eu não viesse... se eles têm vergonha dos candidatos deles, eu não tenho vergonha dos meus", alfinetou o presidente, sugerindo que Aécio não se engaja na campanha de seu candidato nacional.

Anteriormente, Lula havia criticado a imprensa. Na terceira pessoa, exclamou: "Ah, como (a imprensa) inventa coisa contra o Lula".

"Se eu dependesse deles para ter 80 por cento de aprovação no país, eu teria zero", afirmou.

A pesquisa Ibope divulgada na noite de sexta-feira mostrou que Dilma ampliou a vantagem sobre Serra. A pestista está 27 pontos à frente na corrida presidencial, com 51 por cento das intenções de voto.

Segundo instituto, ela seria eleita no primeiro turno.

(Reportagem de Natuza Nery)

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