Lula diz estar acostumado com "calúnias e infâmias" da imprensa
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira excessos da imprensa, denunciando atitudes parciais durante seu discurso na abertura da 1a Conferência Nacional de Comunicação.
Lula disse que está acostumado com "calúnias e infâmias" divulgadas pela mídia, mas que a própria liberdade de imprensa traz a verdade à tona.
"Há jornais, noticiários de rádio e tevê que se excedem, que desprezam os fatos e embarcam em campanhas (...) Havendo liberdade de imprensa e democracia, a verdade acaba prevalecendo, e por uma razão muito simples: os leitores, eles são perfeitamente capazes de separar o joio do trigo", disse Lula.
A conferência que discutirá durante quatro dias a democratização da comunicação, a convergência de mídias, as concessões e a legislação que regula o setor, entre outros temas, tem 40 por cento de participação de movimentos sociais, 40 por cento do setor empresarial e 20 por cento do setor público.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Lula disse que está acostumado com "calúnias e infâmias" divulgadas pela mídia, mas que a própria liberdade de imprensa traz a verdade à tona.
"Há jornais, noticiários de rádio e tevê que se excedem, que desprezam os fatos e embarcam em campanhas (...) Havendo liberdade de imprensa e democracia, a verdade acaba prevalecendo, e por uma razão muito simples: os leitores, eles são perfeitamente capazes de separar o joio do trigo", disse Lula.
A conferência que discutirá durante quatro dias a democratização da comunicação, a convergência de mídias, as concessões e a legislação que regula o setor, entre outros temas, tem 40 por cento de participação de movimentos sociais, 40 por cento do setor empresarial e 20 por cento do setor público.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Um comentário:
(...)
LULA ACHA QUE PODE NEGOCIAR COM OS DONOS DA IMPRENSA. ESSA GENTE NÃO NEGOCIA.
O presidente Lula fez um discurso morno na cerimônia de abertura da Confecom.
"Lamentou" que alguns atores ("Globo") tenham preferido se ausentar. Mas perdeu a chance de fazer um discurso histórico, na linha do que marcou o lançamento do pré-sal.
Lula teme os donos dos meios de comunicação. Foi ele que deu a ordem para que a Band fosse atendida em tudo. Lula não gosta de confronto. Se, com quase 80% de aprovação, ele não enfrenta nem a Band, imaginem se vai encarar Globo e outros...
É uma escolha.
Equivocada, na humilde opinião deste "escrevinhador".
A campanha de 2006 foi fichinha perto do que essa turma vai aprontar em 2010. Lula acha que, com essas concessões, vai domar a serpente. Devia era cortar a cabeça da cascavel. Mas ele tem medo.
Ontem, aqui em Brasília, isso ficou claro.
Não sei porque, mas uma vez mais pensei em Leonel Brizola. Ele não temia o confronto. Ainda mais quando sabia que do outro lado está um adversário que, na primeira chance, tentará eliminá-lo.
Lula acha que negocia com os donos da imprensa. Essa gente não negocia. A mentalidade dessa gente é a de fazendeiros da República Velha. A Confecom podia ser uma Revolução de 30. Mas Lula não vai amarrar os cavalos no obelisco de Brasília.
Não. Lula tem medo. É uma pena.
Ainda assim, com muita negociação e maturidade (o que não quer dizer subserviência), acho possível que a Confecom sinalize algumas mudanças importantes nas Comunicações.
O povo dos movimentos sociais tá disposto a encarar a briga. Se Lula fez um discurso morno, a platéia estava quente.
Hélio Costa (ministro que, aliado à Globo, torpedeou a Confecom) foi vaiado feito gente grande. "Helio Costa, que papelão, o empresário é o teu patrão", era o grito da galera enquanto ele discursava.
Um governo que tem Helio Costa como ministro deve ser tratado como um governo em disputa. Não como um governo para o qual se abaixa a cabeça - como fez a CUT.
A CUT também tem medo. Medo do Lula. É uma pena!
(Blog Escrevinhador - Rodrigo Vianna)
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