17 junho 2009

Protesto em toda a Alemanha


"Quem, Como, o que, por que, porque, Quem não paga fica idiota"



Vestidos assim os estudantes mostram que o sistema educacional está doente, de quarentena.

Minha filha chegou há pouco em casa (Frankfurt, onde mora).

Disse-me que não fora à Universidade, mas participar de demonstrações.

Desde que o CDU/CSU e o FDP chegaram ao poder, com ajuda do pseudo-partido social-democrata SPD, que o sistema escolar e universitário alemão degringola.

O neo-liberalismo canaliza o ensino superior para as elites, como no século XIX.

Além de pagar 250 euro/por semestre para subsidiar o bandejão, por exemplo, metrô em todo o estado onde o estudante mora, mais carteira de estudante, biblioteca, etc, etc, desde alguns anos foi introduzido uma nova taxa de 500 euro.

Isso quer dizer que só de taxa o aluno paga 750 euro.

Se para muita gente já era dificil estudar, cada dia fica mais ainda.

Minha filha vai para Wales - Reino Unido, em setembro, estudar cinema por um ano.

Ela vai pelo Projeto Erasmus, que estimula os estudantes a conhecerem outros países da Comunidade Europeia.

Pois bem. Antigamente os estudantes podiam ficar no país escolhido durante um ano. Agora, o governo pressiona e diz que o Projeto só vale para um semestre. Se o estudante quiser ficar mais tempo tem que arcar com os custos das duas universidades.

Eu falei para minha filha: Vá e fique um ano. Quando você voltar processe o Estado.

O que a direita quer é exatamente que o estudante seja tolhido cada vez mais. Cada vez mais seus direitos e chances sejam subtraídos. Até não ter mais espaço para pensar. Só trabalhar. Funcionar como uma máquina.

Basta ver o que fizeram com os cursos Magister e Diploma.

Acabaram. Minha filha é da última turma de magister.

Agora só existe esse tal de Bachelor, que torna o individuo uma máquina de decorar.

E é exatamente essa uma das razões que levou hoje mais de 100 mil estudantes às ruas em toda a Alemanha.

Na Spiegel você vê mais fotos e a reportagem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Volta ao Brasil.

Aqui não temos este tipo de problema.

E aqui temos Lula