29 janeiro 2009

Itália pensa que Brasil é republiqueta de banana

po Oldack Miranda

A reação italiana à decisão soberana do governo brasileiro, no caso da concessão de refúgio ao escritor e ex-militante de extrema esquerda, Cesare Battisti, chega a ser absurda. A pressão diplomática é descabida, desmedida, desproporcional e profundamente ofensiva à soberania brasileira. O STF não pode se rebaixar a ponto de fazer o jogo de um país estrangeiro. O processo de extradição do ex-militante comunista deve ser suspenso e Battisti libertado para seguir sua nova vida.

É uma vergonha para o Brasil que um presidente do STF queira se dobrar à pressão do governo italiano. O Procurador Geral da República, Antônio Fernando Souza, já enviou parecer defendendo a extinção do processo contra Cesare Battisti. Com a decisão soberana do governo brasileiro o escritor, que não tem nada de terrorista, já deveria estar solto.

A escritora francesa Fred Vargas afirmou que a Itália não respeita a soberania do Brasil. “É uma reação violenta, com pressões e ameaças baseadas em motivos fúteis e acusações falsas. A Itália acha que o Brasil lhe deve obediência. Batistti é inocente e as provas contra ele foram fabricadas”.

O tragicômico é que a reação da Itália, no caso Cesare Battisti, é completamente diferente do caso da ex-militante comunista Marina Petrella, ex-integrante da violenta Brigadas Vermelhas, grupo que seqüestrou e matou Aldo Moro. A Itália também pediu a extradição, negada pelo governo francês. Não houve este escândalo.

Tudo leva mesmo a crer que existe perseguição política. Heil Hitler.

A Itália não é aquele país de mafiosos onde juízes são metralhados?

Fonte: Bahia de Fato

Um comentário:

Anônimo disse...

morri de rir

se rasga toda

http://ricerca.repubblica.it/repubblica/archivio/repubblica/2009/01/15/lo-strano-asse-parigi-rio.029lo.html