28 janeiro 2009

Associação italiana defende decisão do Brasil sobre caso Battisti

da Ansa, em Roma

A associação italiana Antigone, que luta pelos direitos e garantias no sistema penal, declarou apoiar a decisão do governo brasileiro de conceder refúgio político ao ex-militante Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970.

Segundo o presidente da instituição, Patrizio Gonella, a Itália ficou famosa no exterior por uma legislação de emergência imposta durante os anos de chumbo [de 1968 ao início da década de 1980]. "As penas durante os anos de chumbo eram desproporcionais", afirmou.

"Além disso, existe na Itália um regime de cárcere duro para os mafiosos e terroristas, que o juiz federal [norte-americano] D.D Sitgraves considera ultrapassar os limites da tortura", disse o presidente da Antigone.

Gonella também comentou a proposta de alguns políticos italianos de anular o amistoso entre as seleções da Itália e do Brasil, programado para 10 de fevereiro, em repúdio à decisão brasileira.

"Agora o Brasil é quem deveria se recusar de jogar com a Itália", pois o país está "aprovando atualmente um projeto de lei racista sobre segurança, que institui, por exemplo, que um cidadão brasileiro sem permissão de residência na Itália não poderá mais ir a um hospital sem ser denunciado", afirmou.

Cesare Battisti era militante do grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo) e recebeu o status de refugiado político no último dia 13 pelo ministro da Justiça brasileiro, Tarso Genro, que alegou existir um "fundado temor de perseguição política" contra o italiano caso ele seja extraditado.

(Obrigada, Marucia, pelas notícias)

Um comentário:

Anônimo disse...

A gerente dele é a Dilma.

Era terrorista tb e gerencia o PAC