Relação da Rússia com AL nunca foi tão intensa, diz especialista
Fabrícia Peixoto
Da BBC Brasil em Brasília
A relação entre a Rússia e os países latino-americanos “nunca foi tão intensa”, na avaliação do economista Vadim Teperman, do Instituto de América Latina da Academia de Ciências da Rússia, em Moscou.
Segundo Teperman, nem mesmo na fase comunista o relacionamento entre União Soviética e América Latina (com exceção de Cuba) chegou a ser tratado com a importância que se vê hoje.
"Sinal disso é a intensificação dos encontros entre chanceleres dos dois lados, além do maior volume comercial", diz.
Teperman diz que a postura da Rússia diante da região começou a mudar gradativamente a partir dos anos 1990, mas que hoje se configura “de forma bastante clara”.
Na região, segundo ele, os principais focos de atenção russos são o Brasil e a Venezuela, mas crescem também as relações econômicas com Peru e Colômbia.
Brasil
Nesta semana, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, está fazendo sua primeira viagem ao Brasil. Nesta quarta-feira, ele segue para a Venezuela e, depois, para Cuba.
O motivo da viagem e do interesse russo no Brasil e na região tem dois pólos: o geopolítico e o econômico.
Do ponto de vista geopolítico, os russos veriam a região como uma possível aliada para contrabalançar o peso dos Estados Unidos.
“Tanto a Rússia como os principais países latinos estão interessados em um mundo multipolar, com o poder mais equilibrado entre as nações”, diz o professor.
Para ele, o Brasil é importante por fazer “parte de fóruns importantes para a discussão de temas internacionais.”
Economia
Mas, para o economista russo, ainda mais importante para seu país são os interesses econômicos na região.
Para ele, não há uma nova Guerra Fria porque a Rússia tornou-se “mais pragmática” em seus objetivos.
O recente crescimento brasileiro, tanto do ponto de vista econômico quanto na influência política na região, chamou atenção dos russos nos últimos anos, de acordo com Teperman.
Mesmo a aliança entre Rússia e Venezuela, que “a princípio pode parecer simplesmente ideológica, tem forte fundamento econômico”, segundo ele.
“Enquanto Chávez vê na Rússia um aliado antiamericano, a Rússia está mais preocupada em expandir sua participação na exploração petrolífera daquele país”, diz Teperman.
O economista lembra, ainda, que a Venezuela é o principal comprador de armamento russo. Desde 2004, foram firmados contratos que somam US$ 4 bilhões.
Empresas russas já estão presentes na exploração petrolífera em países como Venezuela, Colômbia e Peru.
No Brasil, o país quer aprofundar as conversas sobre a compra de tecnologia russa, especialmente na área militar.
“Atualmente, a França é o grande aliado do Brasil na indústria de defesa”, diz.
Segundo Teperman, a comitiva russa chegou ao Rio de Janeiro com a expectativa de ganhar algum terreno na área militar brasileira.
Segundo Teperman, nem mesmo na fase comunista o relacionamento entre União Soviética e América Latina (com exceção de Cuba) chegou a ser tratado com a importância que se vê hoje.
"Sinal disso é a intensificação dos encontros entre chanceleres dos dois lados, além do maior volume comercial", diz.
Teperman diz que a postura da Rússia diante da região começou a mudar gradativamente a partir dos anos 1990, mas que hoje se configura “de forma bastante clara”.
Na região, segundo ele, os principais focos de atenção russos são o Brasil e a Venezuela, mas crescem também as relações econômicas com Peru e Colômbia.
Brasil
Nesta semana, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, está fazendo sua primeira viagem ao Brasil. Nesta quarta-feira, ele segue para a Venezuela e, depois, para Cuba.
O motivo da viagem e do interesse russo no Brasil e na região tem dois pólos: o geopolítico e o econômico.
Do ponto de vista geopolítico, os russos veriam a região como uma possível aliada para contrabalançar o peso dos Estados Unidos.
“Tanto a Rússia como os principais países latinos estão interessados em um mundo multipolar, com o poder mais equilibrado entre as nações”, diz o professor.
Para ele, o Brasil é importante por fazer “parte de fóruns importantes para a discussão de temas internacionais.”
Economia
Mas, para o economista russo, ainda mais importante para seu país são os interesses econômicos na região.
Para ele, não há uma nova Guerra Fria porque a Rússia tornou-se “mais pragmática” em seus objetivos.
O recente crescimento brasileiro, tanto do ponto de vista econômico quanto na influência política na região, chamou atenção dos russos nos últimos anos, de acordo com Teperman.
Mesmo a aliança entre Rússia e Venezuela, que “a princípio pode parecer simplesmente ideológica, tem forte fundamento econômico”, segundo ele.
“Enquanto Chávez vê na Rússia um aliado antiamericano, a Rússia está mais preocupada em expandir sua participação na exploração petrolífera daquele país”, diz Teperman.
O economista lembra, ainda, que a Venezuela é o principal comprador de armamento russo. Desde 2004, foram firmados contratos que somam US$ 4 bilhões.
Empresas russas já estão presentes na exploração petrolífera em países como Venezuela, Colômbia e Peru.
No Brasil, o país quer aprofundar as conversas sobre a compra de tecnologia russa, especialmente na área militar.
“Atualmente, a França é o grande aliado do Brasil na indústria de defesa”, diz.
Segundo Teperman, a comitiva russa chegou ao Rio de Janeiro com a expectativa de ganhar algum terreno na área militar brasileira.
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