18 dezembro 2007

Crescem as áreas em posse de estrangeiros

do Gazeta Mercantil (Portugal)

Entidade ligada às Forças Armadas, o Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (Cebres) alerta que se o governo quiser mesmo identificar e mapear o poderio das Organizações Não Governamentais (ONG) de atuação suspeita na Amazônia terá de colocar uma lupa potente no crescimento das transações fundiárias na região. A entidade aponta que está em curso um forte processo de transferência e concentração de terras em nome de pessoas físicas e empresas estrangeiras e que se utilizam de brasileiros como fachada para comprar áreas na região.

"As ONG estrangeiras estão usando laranjas para participar de leilões e comprar terras na Amazônia", diz o general de brigada Durval Antunes Nery, coordenador de estudos e pesquisas da Cebres, que esteve várias vezes na região e garante ter confirmado pessoalmente o que antes apenas se suspeitava.

Segundo Nery, ONG estrangeiras, como a inglesa WWF, estão estimulando invasões de terras no sul do Pará para forçar a saída de fazendeiros e a revisão de processos de propriedade fundiária. O general explica que uma lei aprovada pelo governo do Pará, há cerca de dez anos, sob o pretexto de recadastrar propriedades, acabou retirando os títulos de fazendeiros que não se apresentaram para fazer a revisão. A irregularidade aparece sempre que o dono da área invadida por supostos movimentos sociais entra na justiça com pedido de reintegração.

Nenhum comentário: