28 janeiro 2013

Partisana Faya Schuman

. Li recentemente o livro "Die Schreie meines Volks in mir" de Faya Schulman (título original: "A Partisan's memoir: Woman on the Holocaust").

 . A autobiografia mantem a tensão durante toda a narrativa.

. E eu, que havia decidido nada mais ler sobre o tema "holocausto judeu" me vi envolvida pela impressionante história dessa guerreira.

. Faya lutou durante dois anos e meio nas florestas russas, enfrentando o frio e o inimigo nazista alemão.

. Porém, no fechamento do livro, a mulher que bateu-se pela constituição do Estado de Israel, nega totalmente a existência do povo palestino, na Palestina.

Farei a tradução livre do parágrafo que me chocou.

"Agora estávamos mais convencidos do que nunca de que para nós só existia um objetivo: Palestina. Para lá queríamos ir, para o nosso povo, na nossa terra. Ainda não existia o Estado de Israel independente, a terra estava sob a administração inglesa. E como os ingleses se negavam a deixar os judeus entrarem na Palestina, muitos imigraram ilegalmente."

Nun wurde unsere Überzeugung noch stärker, dass es für uns nur ein Ziel geben konnte: Palästina. Dorthin wollten wir gehen, zu unserem Volk, in unser Land. Damals gab es noch keinen unabhängigen Staat Israel; das Land stand unter britischer Verwaltung. Da die Briten sich weigerten, die jüdischen Überlebenden nach Palästina einreisen zu lassen, versuchten viele Juden die Einwanderung auf illegalem Weg.

. É uma pena que os sionistas, como Faya, se neguem a reconhecer que na Palestina vivia e vive um povo há centenas, se não milhares de anos.

. É uma pena que uma mulher como Faya, que sofreu todo tipo de humilhação, perdeu quase toda a família e teve que dormir ao relento no frio russo, negue o que lhe foi negado: o direito à cidadania na antiga Polônia.

. A História está aí para mostrar que a roda gira e que o Estado de Israel, governado por radicais de direita que tudo fazem para manter vivo o ódio aos sionistas - e por extensão aos judeus, cavam suas próprias sepulturas.

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