04 dezembro 2012

Brasil – Próximo tema da Feira do Livro de Frankfurt, de 2013

Gloria Leite*

A Embaixada Brasileira e o Instituto Goethe convidaram interessados na próxima Feira do Livro de Frankfurt para um bate-papo formal na embaixada. O encontro se deu no dia 15 de outubro último, em Berlim. O embaixador fez as apresentações e deu início ao debate. Presentes à mesa: o coordenador do Instituto Goethe de São Paulo, uma tradutora, um enviado da Editora Suhrkamp, um represente da Universidade Livre de Berlim e por fim uma enviada da Editora Record. O público se restringiu a alguns gatos-pingados. Dentre, esta que vos escreve. Se havia representantes de outras editoras, não se identificaram. À mesa todos expressaram suas opiniões. E com exceção do representante da Universidade de Berlim, demonstraram total pessimismo em relação à literatura brasileira e seus autores, especialmente o enviado da Suhrkamp, que deixou-me a impressão desejar apenas por as mãos sobre os 10 milhões de dólares que o governo brasileiro disponibilizará para a realização do evento.

No final, do público, quem quis, falou. Uma professora de português, além de “detonar” o pessimismo, afirmou que escritor não sabe falar nem escrever. Discordei da representante da Record, que afirmou serem os brasileiros “culpados” pela fama no exterior de gostarem de futebol, caipirinha e samba. Argumentei que nada via de negativo na paixão pelos prazeres da música, da dança e da bebida. Acrescentei que nós brasileiros precisamos apenas incluir na lista nossa capacidade de trabalho. Afinal, não somos a 6° economia do mundo por bebermos e vendermos cachaça.

Texto originalmente escrito para o Jornal Brasil-Hamburg

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