20 setembro 2012

Instituto Cervantes: Venezuela - Luis Brito Garcia

. Ontem à noite fui a uma palestra sobre a próxima eleição em Venezuela. 

 . O evento se deu no Instituto Cervantes .

 . O convidado se chamava Luis Britto Garcia.

 Segue um pouco sobre suas qualificações intelectuais retiradas do Wikipedia: 
Luis Britto García (Caracas, 9 de octubre de 1940), es un escritor venezolano. Se graduó como abogado de la Universidad Central de Venezuela en 1962 y de doctor en derecho en la misma universidad en 1969. Obtuvo un diploma de estudios avanzados sobre América Latina y un Ecole des Hautes Etudes en ciencias sociales en París por el año de 1982. Es profesor de la facultad de ciencias económicas y sociales de la Universidad Central de Venezuela desde 1966, y tiene el rango de titular desde el año de 1988.  
Entre sus obras literarias más conocidas, aunque por pocas personas, se pueden encontrar: «Los fugitivos y otros cuentos» (1964), «Racha» (1970), «Rajatabla» (1970), «Venezuela tuya» (1971), «Así es la cosa» (1971), «Vela de armas» (1972), «El tirano Aguirre o la conquista de El Dorado» (1976), «Abrapalabra» (1979), «Suena el teléfono» (1979), «La misa del esclavo» (1980), «Me río del mundo» (1981), «La orgía imaginaria» (1984), «La máscara del poder» (1989), «El poder sin la máscara» (1990), «El imperio contracultural» (1990), «La ópera salsa» (1997) con música de Cheo Reyes, «Pirata» (1998), y «Golpe de gracia» (2001), entre otras.

. Na introdução, ele nos ofereceu números de estatísticas. E comparou com os números atuais.

. Arrasou!

. Um garota na plateia, certamente representante da elite venezuelana, perguntou sobre violência e falta de alimentos. Um grupo seleto ao seu lado a aplaudiu.

. E o Britto respondeu que antes de Chaves, a polícia era descentralizada e os ricos mantinham suas polícias privadas - o que certamente lhes dava uma sensação de segurança. Falou da relação assassinato antes e depois de Chaves, concluindo que a "sensação" atualmente é 4 vezes maior do que a realidade apresenta.  Fiz um comentário posteriormente sobre esse tema. Se a sensação aumentou certamente foi causada pela mídia, que com Chaves escandaliza, e com a direita silencia. Contou-nos que o partido governantes antes de chaves mantinha a política de cercar bairros pobres e só deixar sair ou entrar nas comunidades carentes o individuo que provasse não ter antecedentes criminais. Essa era a polícia, o sistema de segurança que tanto agradava a direita perversa.

. Sobre a falta de alimentos. Nos contou que antes, uma empresa apenas tinha o monopólio da distribuição de alimentos no país. E que  em 2002, se não me engano na data, bloqueou a entrega de alimentos nos grandes centros urbanos. Queria provocar uma revolta de massa contra Chaves. O tiro saiu pela culatra. A falta de alimentos conscientizou o povo de que não era possível uma única empresa ter tal poder. E assim o Estado passou a oferecer alimentos paralelamente à empresa que cometeu o crime de deixar populações inteiras morrer de morre apenas pelo desejo de manter o controle sobre essa mesma população. Vejam que Chaves não proibiu a empresa criminosa a continuar comercializando seus produtos. Apenas criou outras opções, solução plenamente aprovada pelo capitalismo. Contou que essa mesma empresa comprava os produtos dos pequenos produtores e pagava apenas depois de um ano, o que provocava quebradeira geral, já que o produtor tinha que pagar juros escorchantes.

. O senhor Britto falou por uma hora e depois abriu para perguntas mais uma hora. Foi muito interessante, produtivo e esclarecedor.

Um comentário:

Anônimo disse...

19 de Setembro de 2012 - 17h22
Processo eleitoral na Venezuela é o melhor do mundo, diz Carter

O ex-presidente norte-americano, Jimmy Carter, disse que após monitorar mais de 90 eleições em diversos países pode afirmar que "o processo eleitoral na Venezuela é o melhor do mundo".

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Fonte: Vermelho
http://www.vermelho.org.br/venezuela/noticia.php?id_noticia=194216&id_secao=336