O diretor da Organização Internacional de Migração (OIM) para América do Sul, o uruguaio Juan Artola, disse que existe hoje uma tendência a maior migração regional e, ao mesmo tempo, tendência ao menor fluxo de emigrantes sul-americanos para os países da Europa e dos Estados Unidos.
"É uma tendência que ocorre por um conjunto de fatores, que inclui maiores oportunidades na América do Sul num momento em que ficou mais difícil conseguir trabalho e a chance de imigrar para a Europa e para os Estados Unidos", disse Artola em entrevista à BBC Brasil.
Segundo ele, nos últimos anos aumentou a migração intra-regional na Argentina, Brasil e, em certa medida, também no Chile e no Uruguai.
Todos absorveram mão-de-obra regional, de acordo com o diretor da OIM.
Artola observou que o crescimento econômico registrado na última década nos países da América do Sul e a facilitação para conseguir documentos de residência contribuíram para esta migração intra-regional.
"Essa imigração intra-regional é um fato inédito nos últimos 30 ou 40 anos, mas coincide com o crescimento econômico e o impulso do processo de integração do Mercosul e da Aladi (Associação Latino-Americana de Integração)", disse.
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