18 janeiro 2012

Drogas: Palestra do Prof. Dr. Christian Haasen do Hospital Universitário de Eppendorf


(Todos os dados são pertinentes à Alemanha)

Discussão - 17.1.2012 - sobre drogas de acordo com o Prof. Doutor Christian Haasen, promovida pelo Die Linke.

Primeiro passo seria a descriminalização e num segundo movimento a Legalização controlada da droga.

Existem muitas drogas que já foram descriminalizadas e liberadas, tais como o tabaco, o álcool, medicamentos contra a dor e muitas drogas na área dos psicóticos.

Ele citou vários números, dos quais ainda consegui escrever: 70 mil mortes anuais por álcool, 100 mil por efeitos do cigarro.

Existem 2 milhões de viciados em álcool.

Álcool é muito mais perigoso que a heroína.

A heroína porém torna o individuo viciado mais rapidamente.

Tratamentos diferenciados: Álcool - abstinência total. Heroína - não à abstinência. Substituir a heroína por medicamento que contenha algum tipo de ópio.

Grupos de dependentes em heroína tratados com heroína ou metadona.

Grupo que recebeu algum tipo de medicamento contendo ópio reagiu melhor corporalmente que o que foi tratado com metadona.

Socialmente o resultado tb foi melhor: o viciado retorna mais rapidamente ao trabalho e ao convívio social. Ele também se afasta do traficante.

Isso que dizer que os custos sociais são menores.

Com a metadona a criminalidade não diminuiu. O indivíduo não retorna ao trabalho e a vida social é prejudicada.

Por um lado a heroína é proíba no mercado porém liberada para uso médico, mas somente o tipo de heroína que era produzida no começo do século (???).

A redução da dose é progressivamente reduzida, mas não por decisão médica, mas sim a pedido do próprio paciente.

Heroína cria menos dependência que a nicotina.

Sobre morte provocada por overdose. O indivíduo não morre de overdose, mas geralmente por ter passado um período em abstinência e ao recair, toma uma dose que antes lhe era normal, mas que o corpo não consegue absorver.

Cientificamente não está provado que a maconha sirva de degrau para uso de drogas pesadas.

O conferencista citou valores sobre gastos com o consumo, custos do governo no combate e dinheiro lavado que não paga imposto. Parece que vale a pena legalizar.

Prevenção: todas as campanhas feitas pelo governo não levaram a nada.

Crack: é mais fácil sair do crack do que do álcool.

Dois balões de consumo do crack na Alemanha: Hamburg e Frankfurt.

Caminho para sair do crack sem legalizá-lo: oferecer cocaína legalizada, já que o crack é um subproduto da cocaína para uso inalador.

P.S. Se houver algum mal entendido, sou responsável. Fiz as anotações em português e alemão enquanto o Prof. falava e é muito estressante.

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