O Mercosul e a Palestina assinaram nesta terça-feira um tratado de livre-comércio durante a cúpula de chefes de Estado do bloco em Montevidéu, no que constitui o primeiro acordo deste tipo de um organismo de integração com esse território.
O acordo foi assinado em Montevidéu pelos ministros das Relações Exteriores dos quatro países-membros do bloco: Antonio Patriota (Brasil), Luis Almagro (Uruguai), Jorge Lara Castro (Paraguai) e Héctor Timerman (Argentina), e pelo chanceler palestino, Riyad al-Maliki.
No evento, transmitido pelo circuito fechado de televisão da cúpula, estavam presentes os presidentes das nações do bloco: Dilma Rousseff (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai) e Fernando Lugo (Paraguai). Também compareceu ao evento o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e pelo chanceler do país, Ricardo Maduro.
O tratado tem importância mais política do que econômica, dado o baixo intercâmbio comercial entre as duas partes. Ele representa uma cópia do convênio assinado entre Mercosul e Israel em 2007, que entrou em plena vigência neste ano.
Esse tratado representa mais um passo no apoio da região ao estabelecimento de um Estado palestino, depois que os quatro países do grupo o terem reconhecido como tal entre dezembro de 2010 e março deste ano.
Al Maliki agradeceu aos países do Mercosul "em nome do povo palestino, que está desenhando seu lugar no mapa através do reconhecimento dos países". "Esperamos que (os países do Mercosul) possam nos ajudar a acabar com o sofrimento do povo palestino e a levar adiante um acordo de paz entre Palestina e Israel", destacou o ministro.
Segundo a Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), exceto pela Argentina, os países do Mercosul praticamente não têm intercâmbio comercial com a Palestina.
Com informações da AFP. http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201112202112_EFE_80631963
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