Depois de rejeitar um pacto de integração fiscal europeu, a Grã-Bretanha enfrenta temores de se isolar cada vez mais do resto da União Europeia – preocupações que provocaram um racha dentro da coalizão governista britânica.
Na última sexta-feira, em Bruxelas, a maior parte dos países da União Europeia concordou com um pacto que visa integrar os controles orçamentários e fiscais do bloco e restaurar a confiança do mercado financeiro no euro.
Ainda que alguns países queiram submeter o acordo à aprovação de seus Parlamentos, acredita-se que 26 membros da UE estejam dispostos a assiná-lo – à exceção da Grã-Bretanha.
Durante o encontro em Bruxelas, o premiê britânico, David Cameron, se negou a fazer parte do pacto, alegando que ele levaria a intervenções europeias no mercado financeiro londrino e iria contra os interesses britânicos.
A rejeição britânica impediu que o pacto se tornasse um tratado para toda a União Europeia, levantando críticas à "divisão" da Europa e medo, entre os próprios britânicos, de se distanciar do restante do continente, que é o destino de cerca de metade das exportações da Grã-Bretanha.
Um dos principais críticos da posição britânica, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse à imprensa francesa que agora claramente existem "duas Europas".
Em resposta às críticas, Cameron foi ao Parlamento britânico nesta segunda-feira para defender sua rejeição ao pacto. Ele alegou que o "não" ao acordo europeu "foi a resposta correta", alegando que faltaram "salvaguardas ao mercado financeiro britânico".
Mas agregou que seu país permanece sendo um "membro pleno da UE", porque o país necessita "do mercado comum europeu".
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