Na Grécia e na Itália, os líderes políticos foram substituídos por representantes dos bancos. A democracia européia se converteu em uma democracia de banqueiros. O medo das urnas leva os "mercados" a colocar marionetes dos bancos à frente do Estado. Nunca como agora a ditadura dos mercados havia forçado o destino dos povos. Para o deputado e economista alemão Michael Schlecht, do partido Die Linke, a democracia está se evaporando no Velho Continente.
Eduardo Febbro - Página/12
Cai o primeiro ministro grego Yorgos Papandreu, substituído por um emissário do sistema bancário. Cai o Presidente do Conselho Italiano, Silvio Berlusconi, substituído por outro tecnocrata interlocutor do sistema financeiro. A crise da dívida cobrou mais do que estas duas vítimas: na Espanha modificou a agenda eleitoral, em Portugal os partidos implementaram reformas ditadas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Central Europeu, na Irlanda o desastre conduziu ao mesmo beco sem saída.
A democracia européia se converteu em uma democracia de banqueiros. A vontade das maiorias foi substituída por dirigentes saídos do coração dos bancos e que jamais se expuseram ao voto nem conquistaram nunca um mandato eletivo. O medo das urnas, ou seja, que o eleitorado rejeite os ajustes e a guilhotina social, conduz a colocar marionetes dos bancos à frente do Estado. Nunca como agora a ditadura dos mercados havia forçado o destino dos povos. As agências de qualificação desfazem as maiorias eleitas e as substituem por representantes da racionalidade financeira, as contas sem déficits e artesãos da decapitação social.
A democracia européia afunda nos braços das finanças. O continente da liberdade se transformou em continente Wall Street. Gestores das finanças e dos bancos, sem a menor legitimidade democrática, chegam ao poder com o pôquer dos ajustes. O deputado e economista alemão Michael Schlecht, responsável pelo bloco parlamentar do partido Die Linke (A Esquerda) analisa nesta entrevista o transtorno das democracias européias e denuncia o papel que desempenhou o capitalismo alemão nesta mega crise. Para Michael Schlecht, a democracia está se evaporando do Velho Continente.
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Eduardo Febbro - Página/12
Cai o primeiro ministro grego Yorgos Papandreu, substituído por um emissário do sistema bancário. Cai o Presidente do Conselho Italiano, Silvio Berlusconi, substituído por outro tecnocrata interlocutor do sistema financeiro. A crise da dívida cobrou mais do que estas duas vítimas: na Espanha modificou a agenda eleitoral, em Portugal os partidos implementaram reformas ditadas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Central Europeu, na Irlanda o desastre conduziu ao mesmo beco sem saída.
A democracia européia se converteu em uma democracia de banqueiros. A vontade das maiorias foi substituída por dirigentes saídos do coração dos bancos e que jamais se expuseram ao voto nem conquistaram nunca um mandato eletivo. O medo das urnas, ou seja, que o eleitorado rejeite os ajustes e a guilhotina social, conduz a colocar marionetes dos bancos à frente do Estado. Nunca como agora a ditadura dos mercados havia forçado o destino dos povos. As agências de qualificação desfazem as maiorias eleitas e as substituem por representantes da racionalidade financeira, as contas sem déficits e artesãos da decapitação social.
A democracia européia afunda nos braços das finanças. O continente da liberdade se transformou em continente Wall Street. Gestores das finanças e dos bancos, sem a menor legitimidade democrática, chegam ao poder com o pôquer dos ajustes. O deputado e economista alemão Michael Schlecht, responsável pelo bloco parlamentar do partido Die Linke (A Esquerda) analisa nesta entrevista o transtorno das democracias européias e denuncia o papel que desempenhou o capitalismo alemão nesta mega crise. Para Michael Schlecht, a democracia está se evaporando do Velho Continente.
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