04 novembro 2011

G20 cobra rápida solução dos europeus diante de crise na Grécia

Deutsche Welle

Crise financeira e política na Grécia preocupa líderes das principais economias do mundo. Durante encontro em Cannes, países aprovam entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio.

A instabilidade econômica da Grécia e o agravamento da crise política em Atenas nesta quinta-feira (03/11) foram o tema central no primeiro dia do encontro de cúpula do G20, em Cannes.

Líderes da China, da Rússia e dos Estados Unidos pressionaram os colegas europeus a serem mais ágeis para conter a crise da dívida no bloco. "O mais importante aspecto da nossa tarefa nos próximos dias é resolver a crise financeira na Europa", afirmou o presidente norte-americano, Barack Obama.

"Não se trata da estabilidade da zona do euro, mas sim da estabilidade do sistema financeiro mundial", ressaltou o chefe da maior economia do mundo, que se reuniu em separado com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, antes do início da cúpula.

Obama pretende convencer a Alemanha a permitir que o Banco Central Europeu (BCE) desempenhe um papel mais importante no resgate das economias do bloco, o que encontra resistência por parte da chanceler federal alemã, Angela Merkel. Em sua conversa com Merkel, Obama ressaltou o papel desempenhado pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA, em voltar a estimular a economia do seu país.

A situação na Grécia acabou desviando o foco do encontro dos líderes das 20 maiores economias do mundo, cujo objetivo é tratar da reforma do sistema monetário global, dos caminhos para frear o fluxo de capital especulativo e da regulação do mercado de commodities.

Houve ainda especulações de que alguns integrantes da zona do euro com problemas financeiros, como a Itália, poderiam recorrer a linhas de "crédito de precaução" do Fundo Monetário Internacional (FMI), apoiados por financiamentos da China e de outros países emergentes.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o presidente russo, Dimitri Medvedev, disseram que seus países poderiam ajudar a reforçar as reservas do FMI – uma opção que os EUA haviam descartado no encontro de ministros das Finanças do G20 em meados de outubro passado.

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