30 junho 2011

Mais sobre a traição do Brasil pelo Serra e do traíra Guilherme Cavalcanti da Vale do Rio Doce

Prudente

por Chico Barauna

Na República Velha (1ª República), depois do exemplo do presidente Ploriano Peixoto, que era alagoano, militar, marechal e foi o 2º Presidente do Brasil. Aconteceu também um outro caso com o presidente Prudente de Morais, que era paulista, civil e foi o 3º presidente do Brasil.

O presidente Prudente adoeceu e depois de quase seis meses, recuperou-se, voltou e reassumiu o poder. Despachava no Palácio do Catete, quando recebeu um pedido de audiência feito pelo famoso Rotschild (o filho) que veio para renegociar a polêmica dívida externa brasileira. A audiência foi concedida ao Rotschild, que logo colocou as exigências e condições para renegociar a dívida, tudo assim feito na maior tranquilidade.

O presidente Prudente escutou tudo até que Rotschild parou de falar. Neste momento, com muita calma ele perguntou, terminou? Rotschild respondeu, sim. Em seguida, o Prudente de Morais tocou a campainha, apareceu o ajudante de ordens, que era um oficial da Marinha. Então ele disse: "Leve o senhor Rotschild até a porta, ele está de saída". Rotschild saiu espantado, surpreso, pois nunca tinha sido expulso daquela maneira, na maior tranquilidade.

Verdade seja dita, muitas críticas para Floriano e outras para Prudente, mas nenhuma delas pode ser por subserviência, traição, vassalagem ou entreguismo. Neste sentido, pode-se dizer que, se um foi de "ferro", o outro foi prudente.


Um comentário:

Anônimo disse...

Prudente (complemento)

Prudente de Morais também enfrentou os ingleses que ocuparam a Ilha de Trindade. Enfrentou a revolta federalista no Rio Grande do Sul. Em 05 de outubro 1897 venceu a Guerra de Canudos (07-11-1896 até 05-10-1897), liderada por Antônio Conselheiro e comandada pelo guerrilheiro Pajeú.

Canudos, entre outras coisas, foi alvo de uma enorme mentira arquitetada pela oligarquia dominante que acusou o movimento organizado por Conselheiro, de ser a favor do regime imperial, portanto, uma ameaça contra a jovem República do Brasil.

Contra Canudos, três grandes expedições militares foram enviadas e derrotadas sucessivamente, somente na quarta expedição o arraial de Canudos foi destruído sem rendição, um massacre no qual se estima que, mais de vinte mil sertanejos foram mortos e cinco mil militares tenham morrido. No Brasil, esta foi a mais violenta de todas as guerras travadas entre brasileiros.

Euclides da Cunha, ex-militar, engenheiro, escritor, jornalista, esteve presente no teatro de guerra para fazer a cobertura jornalística. Depois escreveu o livro intitulado, Os Sertões, no qual relatou com sensibilidade, profundidade e detalhes, a natureza, a sociedade, o povo, os combatentes, as batalhas, a guerra. Este livro é um clássico da literatura e da história brasileira, deveria ser leitura obrigatória para todo brasileiro, inclusive nas escolas.

Chico Barauna
30-06-2011.