Reflexão

. Sábado, tivemos aqui em Hamburg 22°C.

. Maravilha!

. Ontem, foi dia de leve chuva e 10°C (para a gente não se acostumar mal com dias quentes).

. Ontem, fui ajudar a capinar o jardim do meu companheiro - ele tem uma dessas casas de verão, bem pequenas, em áreas cheias de jardins.

. E capinando, pensei na Dilma.

. A Rousseff.

. E sua política externa.

. O ex-ministro das Relações Exteriores do Lula, Celso Amorim, comenta que o recente voto dado na ONU pelo Brasil a favor da espionagem no Irã pode ter consequências desagradáveis para o Brasil.

. Lembrei da biografia do Ernesto Geisel (Maria Celina D'Araujo e Celso Castro) que li a trucentos anos.

. Geisel conta que a esposa do presidente americano Carter, Rosalyn, chegou para ele segurando uma cardenetinha e caneta e começou a questioná-lo sobre os direitos humanos no Brasil.

. Por pior que tenha sido o Geisel, a pergunta que fica no ar é: qual o direito que os EUA têm de questionar quem quer que seja sobre o tema direitos humanos?

. O voto do Brasil na Onu, que desagradou Amorim e foi contra a política externa de Lula, me fez lembrar da Rosalyn.

. Será que a Dilma se tornará a nova Rosalyn?

. Sua prioridade será os direitos humanos a todo custo ou a política de Lula sem confrontações?

. E que, indiretamente, conseguiu mais do regime iraniano do que a política americana do vai-ou-racha, que nada granjeia, a não ser ódio, ressentimento e sentimento de intromissão.

. Aqui (Westerwelle- ministro das relações exteriores e vice chanceler alemão) você vê que esse papo de não negociar com o Irã é conversa para boi dormir.

. Tá todo mundo conversando com o Mahmud Ahmadinedschad.

. Pelas costas, evidentemente.

. Sabemos que a Dilma, a Rousseff, é inteligente e esperta o suficiente para não cair nessa baboseira.

. Se errar será por má política mesmo.

. Espero que retome o caminho trilhado por Lula.