14 abril 2011

Lula critica FHC e diz que "povão é a razão de ser do Brasil"

R7

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira (14), em Londres, o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso intitulado O papel da oposição, publicado na internet, na segunda-feira (11), pela Revista Interesse Nacional.

- Não sei como é que alguém estuda tanto e depois quer esquecer do povão.

Após participar de uma palestra a investidores da Telefónica, Lula disse que, para ele, fazem parte do povo as classes média e rica e os mais pobres.

- O povão é a razão de ser do Brasil.

Lula afirmou que o Brasil já teve político que disse preferir o "cheiro de cavalo ao do povo", referindo-se a uma célebre frase do general João Batista de Oliveira Figueiredo, presidente durante o regime militar. Agora, afirmou Lula, tem ex-presidente "que fala que é preciso não ficar atrás, esquecer o povão".

- Eu não entendo, não sei o que ele [Fernando Henrique Cardoso] quis dizer.

Lula discorda da avaliação de que o governo "engoliu" a oposição no país. De acordo com ele, o Poder Executivo saiu fortalecido da eleição.

- É assim mesmo, já fui oposição com 16 deputados.

O ex-presidente avalia que a oposição não "capta" o desejo do povo.

- O povo não aceita mais oposição vingativa, com ódio, negativista. O povo brasileiro quer gente que pensa no Brasil. A oposição quer que tenha desgraça para poder ter razão.

Após realizar a conferência aos investidores, Lula conheceu a Arena O2, área multiuso coberta localizada no centro do The O2, um grande complexo de entretenimento situado na Península de Greenwich, e deparou-se com a churrascaria brasileira Rodízio Rico. O ex-presidente provocou surpresa entre os funcionários brasileiros ao entrar no restaurante acompanhado do presidente mundial da Telefónica, César Alierta, do ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan, do embaixador do Brasil na Grã-Bretanha, Roberto Jaguaribe, além de assessores.

Lula segue hoje para Madri, onde almoçará no sábado (16) com o chefe do Governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, e depois assistirá ao superclássico de futebol entre Real Madrid e Barcelona pelo Campeonato Espanhol.

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