Paula Daibert - De Doha para a BBC Brasil
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista exclusiva à BBC Brasil, que as rebeliões que sacodem o Oriente Médio são "um bem para a democracia".
Na opinião de Lula, que participou do fórum "O mundo árabe em transição: o futuro chegou?", promovido pela rede de TV Al Jazeera em Doha, no Catar, os protestos devem promover mudanças na região como o aumento da preocupação com a população jovem e com a distribuição de renda.
"Uma fruta, por mais gostosa que seja, quando fica no pé e você não a colhe no tempo certo, apodrece e cai. O mesmo acontece com os governantes. Na medida em que vai passando o tempo, na medida em que a juventude começa a perder a esperança, acontece o que está acontecendo", disse Lula, recorrendo a uma de suas famosas metáforas, ao comentar as rebeliões no Oriente Médio.
O ex-presidente negou ter sido sondado pela Venezuela para liderar uma comissão de mediação da crise na região, mas defendeu a aproximação do Brasil com países do Oriente Médio e disse que isso aumenta a independência tanto do Brasil como da região em relação aos Estados Unidos.
"O Brasil não quer pedir licença, o Brasil quer ser respeitado, ser tratado como adulto", afirmou Lula, ao comentar a ambição brasileira de exercer um papel de liderança no cenário internacional.
O ex-presidente também abordou sua relação com a presidente Dilma Rousseff ao dizer que mantém contato próximo com ela e que não há divergências entre eles: "O dia em que tiver divergência entre eu e ela, ela terá razão".
Lula disse ainda que está feliz na condição de ex-presidente, que ter deixado o poder com 85% de aprovação o deixa com "a sensação de dever cumprido" e que ainda é cedo para dizer o que fará no futuro - se voltará para a política no Brasil ou se tentará ocupar algum cargo internacional.
Leia aqui a entrevista do ex-presidente Lula à BBC Brasil
Na opinião de Lula, que participou do fórum "O mundo árabe em transição: o futuro chegou?", promovido pela rede de TV Al Jazeera em Doha, no Catar, os protestos devem promover mudanças na região como o aumento da preocupação com a população jovem e com a distribuição de renda.
"Uma fruta, por mais gostosa que seja, quando fica no pé e você não a colhe no tempo certo, apodrece e cai. O mesmo acontece com os governantes. Na medida em que vai passando o tempo, na medida em que a juventude começa a perder a esperança, acontece o que está acontecendo", disse Lula, recorrendo a uma de suas famosas metáforas, ao comentar as rebeliões no Oriente Médio.
O ex-presidente negou ter sido sondado pela Venezuela para liderar uma comissão de mediação da crise na região, mas defendeu a aproximação do Brasil com países do Oriente Médio e disse que isso aumenta a independência tanto do Brasil como da região em relação aos Estados Unidos.
"O Brasil não quer pedir licença, o Brasil quer ser respeitado, ser tratado como adulto", afirmou Lula, ao comentar a ambição brasileira de exercer um papel de liderança no cenário internacional.
O ex-presidente também abordou sua relação com a presidente Dilma Rousseff ao dizer que mantém contato próximo com ela e que não há divergências entre eles: "O dia em que tiver divergência entre eu e ela, ela terá razão".
Lula disse ainda que está feliz na condição de ex-presidente, que ter deixado o poder com 85% de aprovação o deixa com "a sensação de dever cumprido" e que ainda é cedo para dizer o que fará no futuro - se voltará para a política no Brasil ou se tentará ocupar algum cargo internacional.
Leia aqui a entrevista do ex-presidente Lula à BBC Brasil
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