25 setembro 2010

Folha “mata” o senador Romeu Tuma, depois de assassinar o jornalismo



A noticia saiu, pouco depois das 19h, no twitter da “Folha Poder” – aquele mesmo que andou batendo boca com leitores dias atrás.

Poucos minutos depois, havia mais de 100 retuitadas, ou seja, a notícia se espalhara – a tal ponto que os assessores do senador em Brasilia e o filho dele (que fazia campanha no interior de São Paulo) tiveram que ligar pra capital paulista, pra saber se era verdade ou não.

E não era. A morte do Tuma é como a ficha falsa da Dilma: não podia ser confirmada, mas também não podia se descartada.

Pelo sim, pelo não, a “Folha” preferiu matar o Tuma.

O Antônio Arles envia-me pelo twitter a prova cabal de que a barrigada também foi parar na página principal do site da Folha. Está aqui: http://twitpic.com/2rlymv. Isso é que dá concentrar esforços pra fazer campanha pro Serra, em vez de apurar notícia.

A “Folha Poder” precisa mudar o nome para “Folha Phoder”.

A “Folha” já havia assassinado o jornalismo. Agora, tentou matar o Tuma.

Deve ser para expiar os pecados, por ter apoiado a ditadura e emprestado carros à turma da repressão, com a qual Tuma também tinha ligações…

E agora: a pesquisa do DataFolha também é como a morte do Tuma? Tudo falso, menos a data?


“A assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês informou que o senador Romeu Tuma (PTB) não morreu, diferentemente do que foi divulgado pela Folha.com.”

Se o Hospital sabia que ele estava vivo, qual (diabos!) foi a fonte da “Folha” para matar o senador? Uma coisa é errar o nome de alguém, a localização de um bairro, um número qualquer. Outra coisa é informar que alguém morreu, sem antes checar. Muito estranho, pra dizer o mínimo.

Já tarde da noite, a assessoria do senador divulgou nota com o seguinte teor, segundo o Portal Terra:

“O senador Romeu Tuma permanece no Hospital Sírio-Libanês a pedido da equipe médica. Nesta sexta, fontes desconhecidas desencadearam uma onda de boatos em relação ao estado de saúde do senador. Lideranças do partido entendem que se trata de uma ação desonesta e desumana por parte dos adversários que não respeitam o trabalho e o legítimo direito de Romeu Tuma de levar adiante sua campanha”.

Leitores apressam-se a apontar a campanha ao senado de Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB, como a fonte dos boatos. Acho leviano e precipitado fazer esse tipo de acusação. Mas, pela nota divulgada, a assessoria do candidato suspeita realmente que o erro lamentável da “Folha” possa estar ligado à estratégia dos adversários de Tuma.

A conferir.

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