Enviamos carta à direção de redação da Folha de S. Paulo em resposta à manchete de domingo (23/5) “Lula articula seu futuro na ONU ou Banco Mundial”, mas o jornal só publicou parte dela. Consideramos importante para esclarecer o assunto que as pessoas tenham acesso à íntegra da resposta, conforme publicamos abaixo:
Ao diretor de Redação da Folha de S. Paulo,
Otavio Frias Filho.
A manchete da Folha de S. Paulo deste domingo (23/05), “Lula articula seu futuro na ONU ou Banco Mundial”, não é verdadeira. O repórter Kennedy Alencar, que assina o texto, enganou-se ou foi levado a engano por fontes desinformadas ou desqualificadas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez, não está fazendo e não incentiva qualquer articulação visando ocupar postos em organismos multilaterais.
Ao contrário, ele tem desencorajado qualquer conversa nesse sentido e já manifestou diversas vezes publicamente que tal pretensão não está em seus planos para o futuro. O comentário mais recente sobre tal proposta foi feito na entrevista concedida ao Correio Braziliense em 20 de abril próximo passado e publicada na edição do dia seguinte, na qual o presidente afirma categoricamente: “Não existe projeto internacional”.
“Jornalista: Agora em relação a essa coisa, seu projeto internacional, ONU, essa coisa da África, o senhor falou muito.
Presidente: Mas não existe projeto internacional.
Jornalista: Chefiar uma instituição. Como é que o senhor (incompreensível)?
Presidente: Esse negócio da ONU… vamos ter claro o seguinte: a ONU não pode ter, como secretário-geral, um político. Ela tem que ter um burocrata do sistema ONU. É, porque senão você entra em confronto com os outros presidentes. Quem manda na ONU são os presidentes representados na Assembleia da ONU. De repente, se você colocar um político… sabe? Você imagina se um presidente americano deixar a Presidência e quiser ser Secretário-Geral da ONU. Isso não é uma coisa…?
Então, eu acho que vamos melhorar a ONU, queremos a reforma, mas eu acho que a burocracia tem que continuar existindo nas Nações Unidas, para manter uma certa harmonia.”
Este continua sendo o pensamento do presidente Lula e vale para qualquer outra instituição multilateral.
Nelson Breve,
Secretário de Imprensa da Presidência da República
A réplica do jornalista Kennedy Alencar, publicada na seção Painel do Leitor, abaixo de parte de nossa carta:
As informações foram obtidas em conversas nas últimas três semanas com auxiliares diretos do presidente e diplomatas brasileiros e estrangeiros que participaram de conversas sobre uma articulação para Lula ocupar, no futuro, o cargo de secretário-geral da ONU ou de presidente do Banco Mundial.
A tréplica da Secretaria de Imprensa:
O presidente Lula voltou a negar tal articulação ontem, conforme texto da própria Folha (ver matéria da Eliane Cantanhede). O repórter deveria riscar as fontes ruins de seu caderno ao invés de continuar se apoiando nelas sem apresentar informações mais consistentes.
Ao diretor de Redação da Folha de S. Paulo,
Otavio Frias Filho.
A manchete da Folha de S. Paulo deste domingo (23/05), “Lula articula seu futuro na ONU ou Banco Mundial”, não é verdadeira. O repórter Kennedy Alencar, que assina o texto, enganou-se ou foi levado a engano por fontes desinformadas ou desqualificadas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez, não está fazendo e não incentiva qualquer articulação visando ocupar postos em organismos multilaterais.
Ao contrário, ele tem desencorajado qualquer conversa nesse sentido e já manifestou diversas vezes publicamente que tal pretensão não está em seus planos para o futuro. O comentário mais recente sobre tal proposta foi feito na entrevista concedida ao Correio Braziliense em 20 de abril próximo passado e publicada na edição do dia seguinte, na qual o presidente afirma categoricamente: “Não existe projeto internacional”.
“Jornalista: Agora em relação a essa coisa, seu projeto internacional, ONU, essa coisa da África, o senhor falou muito.
Presidente: Mas não existe projeto internacional.
Jornalista: Chefiar uma instituição. Como é que o senhor (incompreensível)?
Presidente: Esse negócio da ONU… vamos ter claro o seguinte: a ONU não pode ter, como secretário-geral, um político. Ela tem que ter um burocrata do sistema ONU. É, porque senão você entra em confronto com os outros presidentes. Quem manda na ONU são os presidentes representados na Assembleia da ONU. De repente, se você colocar um político… sabe? Você imagina se um presidente americano deixar a Presidência e quiser ser Secretário-Geral da ONU. Isso não é uma coisa…?
Então, eu acho que vamos melhorar a ONU, queremos a reforma, mas eu acho que a burocracia tem que continuar existindo nas Nações Unidas, para manter uma certa harmonia.”
Este continua sendo o pensamento do presidente Lula e vale para qualquer outra instituição multilateral.
Nelson Breve,
Secretário de Imprensa da Presidência da República
A réplica do jornalista Kennedy Alencar, publicada na seção Painel do Leitor, abaixo de parte de nossa carta:
As informações foram obtidas em conversas nas últimas três semanas com auxiliares diretos do presidente e diplomatas brasileiros e estrangeiros que participaram de conversas sobre uma articulação para Lula ocupar, no futuro, o cargo de secretário-geral da ONU ou de presidente do Banco Mundial.
A tréplica da Secretaria de Imprensa:
O presidente Lula voltou a negar tal articulação ontem, conforme texto da própria Folha (ver matéria da Eliane Cantanhede). O repórter deveria riscar as fontes ruins de seu caderno ao invés de continuar se apoiando nelas sem apresentar informações mais consistentes.
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