Prefeitos mineiros podem apoiar ao mesmo tempo Dilma e Anastasia
por Patrícia Aranha - Estado de Minas
Dezenas de prefeitos mineiros de vários partidos aguardam apenas a confirmação oficial da candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a presidente da República para deflagrar a operação “Dilmasia”, uma reedição do Lulécio vitorioso em 2006, quando pediram votos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para o governador Aécio. Dessa vez, além de mostrar a força de Minas na campanha da candidata de Lula, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), estão empenhados em dar a Aécio uma grande votação no Senado e a eleger o candidato dele ao governo, o vice-governador Antonio Anastasia. (PSDB).
O trocadilho com a palavra azia está sendo usado contra o governador paulista. “Não temos que engolir o Serra. Com a indisposição causada pela candidatura dele, a dilmasia vai ser maior ainda”, ironiza o prefeito de Salinas, Norte de Minas, José Antônio Prates (PTB), que foi expulso do PT em 2007, exatamente por ter lançado o Lulécio. Agindo assim, os prefeitos atenderiam, segundo ele, a um “apelo das bases” que estariam frustradas com a impossibilidade de votar em Aécio para presidente. “O Serra vai levar uma surra em Minas, que vai decidir novamente a eleição presidencial”, previu.
Há quatro anos, a articulação que também envolveu candidatos a deputado estadual e federal foi fundamental para a reeleição de Aécio com 77% dos votos ainda em primeiro turno e para a vitória esmagadora de Lula no segundo colégio eleitoral, quando o adversário Geraldo Alckmin (PSDB) obteve no segundo turno menos votos do que no primeiro (veja quadro).
Prates recorda-se do início do movimento. Em 27 de março de 2006, comandou um grupo de 19 prefeitos petistas que entregaram a Aécio no Palácio das Mangabeiras, um manifesto de apoio à reeleição do tucano. Movimento que se alastrou para outras legendas. Mesmo obrigado a deixar o partido, garante: muitos prefeitos do PT vão se integrar novamente à campanha. O motivo seria simples: os administradores municipais teriam sido bem tratados nos dois mandatos de Lula e de Aécio. “Nem é Dilmasia, é o Lulécio de novo”, resume. A estratégia não é feita apenas de traições, já que boa parte das legendas da base aliada do governo Lula fazem parte do governo Aécio, como PDT, PV, PSB, PTB e PP. “O movimento já está articulado e só tende a crescer. Só estamos esperando a oficialização das candidaturas. Por enquanto, apenas Dilma é candidata”, afirmou.
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O trocadilho com a palavra azia está sendo usado contra o governador paulista. “Não temos que engolir o Serra. Com a indisposição causada pela candidatura dele, a dilmasia vai ser maior ainda”, ironiza o prefeito de Salinas, Norte de Minas, José Antônio Prates (PTB), que foi expulso do PT em 2007, exatamente por ter lançado o Lulécio. Agindo assim, os prefeitos atenderiam, segundo ele, a um “apelo das bases” que estariam frustradas com a impossibilidade de votar em Aécio para presidente. “O Serra vai levar uma surra em Minas, que vai decidir novamente a eleição presidencial”, previu.
Há quatro anos, a articulação que também envolveu candidatos a deputado estadual e federal foi fundamental para a reeleição de Aécio com 77% dos votos ainda em primeiro turno e para a vitória esmagadora de Lula no segundo colégio eleitoral, quando o adversário Geraldo Alckmin (PSDB) obteve no segundo turno menos votos do que no primeiro (veja quadro).
Prates recorda-se do início do movimento. Em 27 de março de 2006, comandou um grupo de 19 prefeitos petistas que entregaram a Aécio no Palácio das Mangabeiras, um manifesto de apoio à reeleição do tucano. Movimento que se alastrou para outras legendas. Mesmo obrigado a deixar o partido, garante: muitos prefeitos do PT vão se integrar novamente à campanha. O motivo seria simples: os administradores municipais teriam sido bem tratados nos dois mandatos de Lula e de Aécio. “Nem é Dilmasia, é o Lulécio de novo”, resume. A estratégia não é feita apenas de traições, já que boa parte das legendas da base aliada do governo Lula fazem parte do governo Aécio, como PDT, PV, PSB, PTB e PP. “O movimento já está articulado e só tende a crescer. Só estamos esperando a oficialização das candidaturas. Por enquanto, apenas Dilma é candidata”, afirmou.
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