Comentário deixado no blog do Luis Nassif
Índio Tupi disse:
Aqui do Alto Xingu, os índios jamais assistiram a essas preocupações humanitárias cínicas e hipócritas do partido militante da midia neoliberal e de seus subintelectuais midiáticos, tipo Merval, Mainardi, et caterva:
a) ao longo dos quase 30 anos da sanguinária ditadura de Batista — que apenas nos seus últimos sete anos assissou cerca de 20 mil pessoas –, patrocinada pelo Império até a queda em 1958, período em que cerca de 1,5% dos proprietários de terra, nacional ou estrangeiros, possuiam 46% da área do país, e cerca de 70% apenas 12%;
b) ao longo de quase um século que o Império mantem na ilha, à revelia do povo e governo locais, uma base aero-naval para controlar os países do Caribe, a rota do Canal do Panamá e o Norte da América do Sul;
c) durante quase 50 anos, aviões clandestinos, respaldados pelo Império e a partir de bases em seus territórios, invadiram o espaço aéreo da ilha para lançar bombas incendiárias nas plantações de cana-de-açúcar;
d) quando, em 1959, o Império dicidiu impor o bloqueio econômico da ilha — lançando-a virtualmente nos braços da União Soviética — que, do dia para a anoite, perdeu um mercado que absorvia 65% de suas exportações — quando estas representavam 30% do PIB — e que lhe fornecia cerca de 60% de suas importações, medida essa retaliada pelos novos dirigentes com a nacionalização das empresas do Império;
e) quando, desde 1960, o Império decidiu informalmente recrutar e treinar dissidentes, inclusive com o apoio da Máfia, para futuras operações de guerra na ilha, política que se tornou oficial a partir de 1961, com o firme propósito de derrubar o regime ali vigente, do que resultou a morte de milhares de habitantes, que sofreram as piores consequências da guerra não declarada e do bloqueio econômico;
f) quando, naquele ano, o Império aconselhou suas empresas petrolíferas na ilha a não refinarem o petróleo que o novo governo fora forçado a importar do Leste europeu, pressão exercida também sobre os armadores Onassis e Niachos para não fornecerem navios-tanques para seu transporte;
g) quando do férreo bloqueio da ilha foi ainda apertado quando da débâcle dos países do Leste europeu, os quais constituíam a principal alternativa de comércio para a ilha (80% de seu comércio exterior era com aquela região): o poder aquisitivo caiu 60% e as necessidades de racionamento sequer davam para atender as necessidades de sustento das famílias (o fornecimento de petróleo e derivados desapareceu, parando fábricas e instalações energéticas);
h) quando, em decorrência do bloqueio genocida — destinado a vingar a única derrota do Império na fracassada tentativa de invasão de 1961 — a queda do PIB atingira cerca de 35%, em 1989, gerando a falta de antibióticos, de artigos de limpesa e antiviróticos, o que causou grande número de mortes por infecções e ataques de vírus;
i) quando o efêmero governo golpista da Venezuela ordenou, em 2002, a interrupção do fornecimento de petróleo à ilha, atendendo aos interesses do Império;
j) quando dissidentes sequestraram e levaram para o Império um menino, onde o mantiveram por sete meses, até que a Corte Suprema ordenasse a devolução da criança ao pai, que vivia na ilha;
k) quando um governo de um pequeno país, vítima de ataques e sabotagens de toda espécie, não se vê em condições de baixar a guarda em pleno estado de guerra que o Império lhe impôs desde 1961, configurado pelo embargo e pela guerra secreta — sabotagens, tentativas de assassinato e outras ações terroristas, que contemplaram, inclusive, a destruição, em pleno vôo, em 6 de outubro de 1976, de um avião comercial de transporte de passageiros da empresa aérea local, matando 73 pessoas;
l) quando, desde 1960 até fins de 2008, ocorreram 713 atos de terrorismo na ilha, 56 dos quais a partir de 1990, organizados e financiados a partir do Império, com um saldo de 3.478 mortos e 2.099 incapacitados, sem mencionar as dezenas de milhares de mortos e mutilados vítimas do genocídio representado pelo bloqueio econômico ao longo de meio século.
Do Blog do Nassif via Jussara
Índio Tupi disse:
Aqui do Alto Xingu, os índios jamais assistiram a essas preocupações humanitárias cínicas e hipócritas do partido militante da midia neoliberal e de seus subintelectuais midiáticos, tipo Merval, Mainardi, et caterva:
a) ao longo dos quase 30 anos da sanguinária ditadura de Batista — que apenas nos seus últimos sete anos assissou cerca de 20 mil pessoas –, patrocinada pelo Império até a queda em 1958, período em que cerca de 1,5% dos proprietários de terra, nacional ou estrangeiros, possuiam 46% da área do país, e cerca de 70% apenas 12%;
b) ao longo de quase um século que o Império mantem na ilha, à revelia do povo e governo locais, uma base aero-naval para controlar os países do Caribe, a rota do Canal do Panamá e o Norte da América do Sul;
c) durante quase 50 anos, aviões clandestinos, respaldados pelo Império e a partir de bases em seus territórios, invadiram o espaço aéreo da ilha para lançar bombas incendiárias nas plantações de cana-de-açúcar;
d) quando, em 1959, o Império dicidiu impor o bloqueio econômico da ilha — lançando-a virtualmente nos braços da União Soviética — que, do dia para a anoite, perdeu um mercado que absorvia 65% de suas exportações — quando estas representavam 30% do PIB — e que lhe fornecia cerca de 60% de suas importações, medida essa retaliada pelos novos dirigentes com a nacionalização das empresas do Império;
e) quando, desde 1960, o Império decidiu informalmente recrutar e treinar dissidentes, inclusive com o apoio da Máfia, para futuras operações de guerra na ilha, política que se tornou oficial a partir de 1961, com o firme propósito de derrubar o regime ali vigente, do que resultou a morte de milhares de habitantes, que sofreram as piores consequências da guerra não declarada e do bloqueio econômico;
f) quando, naquele ano, o Império aconselhou suas empresas petrolíferas na ilha a não refinarem o petróleo que o novo governo fora forçado a importar do Leste europeu, pressão exercida também sobre os armadores Onassis e Niachos para não fornecerem navios-tanques para seu transporte;
g) quando do férreo bloqueio da ilha foi ainda apertado quando da débâcle dos países do Leste europeu, os quais constituíam a principal alternativa de comércio para a ilha (80% de seu comércio exterior era com aquela região): o poder aquisitivo caiu 60% e as necessidades de racionamento sequer davam para atender as necessidades de sustento das famílias (o fornecimento de petróleo e derivados desapareceu, parando fábricas e instalações energéticas);
h) quando, em decorrência do bloqueio genocida — destinado a vingar a única derrota do Império na fracassada tentativa de invasão de 1961 — a queda do PIB atingira cerca de 35%, em 1989, gerando a falta de antibióticos, de artigos de limpesa e antiviróticos, o que causou grande número de mortes por infecções e ataques de vírus;
i) quando o efêmero governo golpista da Venezuela ordenou, em 2002, a interrupção do fornecimento de petróleo à ilha, atendendo aos interesses do Império;
j) quando dissidentes sequestraram e levaram para o Império um menino, onde o mantiveram por sete meses, até que a Corte Suprema ordenasse a devolução da criança ao pai, que vivia na ilha;
k) quando um governo de um pequeno país, vítima de ataques e sabotagens de toda espécie, não se vê em condições de baixar a guarda em pleno estado de guerra que o Império lhe impôs desde 1961, configurado pelo embargo e pela guerra secreta — sabotagens, tentativas de assassinato e outras ações terroristas, que contemplaram, inclusive, a destruição, em pleno vôo, em 6 de outubro de 1976, de um avião comercial de transporte de passageiros da empresa aérea local, matando 73 pessoas;
l) quando, desde 1960 até fins de 2008, ocorreram 713 atos de terrorismo na ilha, 56 dos quais a partir de 1990, organizados e financiados a partir do Império, com um saldo de 3.478 mortos e 2.099 incapacitados, sem mencionar as dezenas de milhares de mortos e mutilados vítimas do genocídio representado pelo bloqueio econômico ao longo de meio século.
Do Blog do Nassif via Jussara
Um comentário:
Em política externa, COMO EM TUDO NA VIDA, cada caso é um caso. A questão dos presos políticos em Cuba exige que lembremos que a ilha está nesta situação devido ao EMBARGO ECONÔMICO imposto pelos Estados Unidos da América ao país há cinquenta anos. Toda e qualquer minimização da situação é má fé, pois cada caso tem de ser estudado individualmente. A oposição é instrumentada e financiada por uma nação conhecida de todos nós. E por vezes, quem serve aos Estados Unidos da América em determinado momento, em outro é um TERRORISTA MEDONHO (haja vista Sadam Hussein e Bin Laden. Então, se há a necessidade de um regime fechado em Cuba, ela existe devido ao estrangulamento econômico do país, imposto pelos Estados Unidos da América. E esse estrangulamento já matou muito mais pessoas do que este presos políticos ou não. A oposição deve existir. Presos polítcos não devem existir. É um direito fundamental da pessoa humana a livre expressão de idéias, na minha opinião até o ponto em que ela mesma se prejudique ou prejudique outrem. Mas os mesmos que condenam o regime cubano se esquecem de condenar o EMBARGO ECONÔMICO. Como a lógica da Honestidade do raciocínio exposta por eles exige de Lula a defesa dos presos políticos, a mesma LÓGICA DE HONESTIDADE deve ser exigida deles quanto à condenação do EMBARGO ECONÔMICO. Como não ocorre, assim como não ocorreu quanto ao GOLPE DE ESTADO de Honduras, eles estão sendo hipócritas. Se são HIPÓCRITAS, não podem cobrar de outrem a HONESTIDADE. Se cobram, são ainda piores do que Fidel, pois defendem, e DEFENDEM SIM as mortes ocorridas pelo EMBARGO ECONÔMICO dos Estados Unidos da Amércia contra Cuba, há mais de cinquenta anos. O Muro de Berlim caiu, mas o MURO INVISÍVEL SOBRE CUBA continua lá. Relações externas são sim a defesa do interesse do país a nível externo. Vai continuar a querer dar explicações a quem é HIPÓCRITA? perde seu tempo…
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