21 março 2010

Oposição (direita), Lula e Dilma

"A cupidez do poder produz a corrupção".
(Pedro Casaldáliga)

A oposição, melhor dizendo, a direita, anda "se rasgando em tiras".

Jamais imaginou, durante séculos de dominação que, um dia, seus privilégios lhe fossem negados pela força da Democracia, mediante o voto popular.

Isto ocorreu em 2002 com a eleição do Lula para Presidente da República e com a sua reeleição em 2006. Se a perplexidade em 2002 foi grande, muito maior o foi em 2006. Chegou-se ao ponto extremo do então presidente do PFL declarar com todas as letras: "Não queremos o impeachment, queremos sangrar o Lula para enfraquecê-lo até as eleições de 2006".

Com esta frase Jorge Bornhausen revelou o sentimento de ódio que habita a mentalidade dos poderosos. Sangrar é uma palavra que tem uma conotação fortíssima. É o mesmo que atormentar uma pessoa (ou animal) dia e noite até que exaure todas as suas forças e entregue os pontos, definitivamente, até à morte.

Não foi o que aconteceu. Lula venceu e foi vitorioso em 2006.

A Bíblia nos diz que "Deus confunde os poderosos". Nos diz ainda que "Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz". (Lc 16, 1-8). Duas verdades incontestes. A esperteza da direita em querer manter seus privilégios, a qualquer preço ,levou-a ao desgaste de hoje e à descrença de muitas pessoas na Verdadeira Política. Se exercida neste sentido ela é uma das maiores expressões do amor cristão.

Sabemos que há no Congresso Nacional inúmeros parlamentares que a praticam neste sentido. Seus Projetos são todos voltados para as necessidades mais prementes do nosso povo. Pena que a oposição atrapalhe tanto!...

Se observarmos, com atenção, as votações na Câmara e no Senado, constataremos que a oposição só apóia o que lhe vai trazer benefícios, imediatos ou futuros. Foi por esta razão que inventaram o "mensalão do PT", cujo objetivo maior era atingir o Lula, "sangrando" o seu Governo, através da cassação e perseguição caluniosa dos seus quadros mais expressivos.

Não obtiveram êxito, felizmente. O que importa agora é preservar o legado do Lula, independente da sua culpa ou não, no caso do mensalão.

Este legado só poderá ter continuidade com a eleição da Dilma Roussef. É ela quem, no momento, encarna esta possibilidade. Só com ela o que já foi feito em benefício dos menos favorecidos poderá empoderá-los (dar poder a quem não tem) para que consigam seguir em frente em busca da liberdade e livrando-se da servidão de séculos.

A esperança é de que seu Governo tenha condições políticas para combater a ganância, a cobiça e a ambição do poder que produz tanta corrupção.

Que ela tenha a possibilidade de assegurar o Poder, não para continuar no poder, mas, para colocá-lo a serviço de todos os brasileiros!

Matéria escrita por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog do Saraiva

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