Exposta com maior evidência na última semana, a divisão interna do PSDB tem potencial para ameaçar a campanha em Minas Gerais de José Serra, provável candidato do partido à Presidência da República.
Segundo fonte que falou sob a condição do anonimato, pesquisas qualitativas em poder do grupo político do governador de Minas, Aécio Neves, que também postulava a missão, demonstraram que o eleitorado do Estado vê o colega paulista como um "adversário" do mineiro.
Como consequência, os aliados de Aécio estudam muito mais uma forma de utilizar a campanha de Serra para aumentar o cacife político do governador de Minas do que simplesmente trabalhar para eleger o paulista presidente.
Aécio diz que disputará uma cadeira no Senado por Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país, com 14,2 milhões de eleitores, 10,7 por cento do total.
"O que está em jogo agora é o futuro. Vamos ver o que é melhor para Minas", disse à Reuters o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), acrescentando que o objetivo do PSDB mineiro é tentar conciliar o desafio de eleger o sucessor de Aécio e a campanha de Serra.
"A prioridade do grupo do Aécio era o Aécio presidente. Depois, é Serra presidente. A nossa prioridade foi descartada, então agora vamos para a segunda", acrescentou.
Depois de rejeitar a vaga de vice, o governador de Minas tem afirmado que ajudará mais a candidatura de Serra focando seu trabalho no Estado, que é considerado estratégico para a campanha nacional.
Aécio terá uma tarefa árdua, já que o PT e o PMDB devem fechar, a pedido do presidente Luiz Inácio da Silva, um acordo na disputa local que contará ainda com o vice-presidente José Alencar. Além disso, a pré-candidata do PT à Presidência, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), é mineira, embora tenha construído sua carreira política no Rio Grande do Sul.
Ao longo dos últimos meses, Serra e Aécio protagonizaram uma disputa para representar a legenda na eleição presidencial de outubro.
No fim do ano passado, Aécio desistiu ao concluir que não teria mais tempo suficiente para atrair para sua campanha partidos que atualmente integram a coalizão governista.
Em seguida, alas do PSDB passaram a pressionar Aécio para que ele aceitasse ser vice na chapa de Serra, ação que foi vista como "deselegância do partido" pelos aecistas.
Assim, a ideia do grupo de Aécio é tentar mostrar ao eleitorado mineiro que uma nova derrota do PSDB para o PT pode ser prejudicial ao futuro político do governador.
Na semana passada, Aécio recebeu líderes políticos de diversos partidos e Estados em Belo Horizonte na cerimônia de inauguração da nova sede administrativa do governo de Minas.
Serra, um dos convidados de honra do evento, ouviu da plateia constrangedores gritos de "Aécio presidente". Integrantes da claque também portavam faixas com os dizeres "Agora ou mais para frente Aécio presidente".
Reuters
Segundo fonte que falou sob a condição do anonimato, pesquisas qualitativas em poder do grupo político do governador de Minas, Aécio Neves, que também postulava a missão, demonstraram que o eleitorado do Estado vê o colega paulista como um "adversário" do mineiro.
Como consequência, os aliados de Aécio estudam muito mais uma forma de utilizar a campanha de Serra para aumentar o cacife político do governador de Minas do que simplesmente trabalhar para eleger o paulista presidente.
Aécio diz que disputará uma cadeira no Senado por Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país, com 14,2 milhões de eleitores, 10,7 por cento do total.
"O que está em jogo agora é o futuro. Vamos ver o que é melhor para Minas", disse à Reuters o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), acrescentando que o objetivo do PSDB mineiro é tentar conciliar o desafio de eleger o sucessor de Aécio e a campanha de Serra.
"A prioridade do grupo do Aécio era o Aécio presidente. Depois, é Serra presidente. A nossa prioridade foi descartada, então agora vamos para a segunda", acrescentou.
Depois de rejeitar a vaga de vice, o governador de Minas tem afirmado que ajudará mais a candidatura de Serra focando seu trabalho no Estado, que é considerado estratégico para a campanha nacional.
Aécio terá uma tarefa árdua, já que o PT e o PMDB devem fechar, a pedido do presidente Luiz Inácio da Silva, um acordo na disputa local que contará ainda com o vice-presidente José Alencar. Além disso, a pré-candidata do PT à Presidência, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), é mineira, embora tenha construído sua carreira política no Rio Grande do Sul.
Ao longo dos últimos meses, Serra e Aécio protagonizaram uma disputa para representar a legenda na eleição presidencial de outubro.
No fim do ano passado, Aécio desistiu ao concluir que não teria mais tempo suficiente para atrair para sua campanha partidos que atualmente integram a coalizão governista.
Em seguida, alas do PSDB passaram a pressionar Aécio para que ele aceitasse ser vice na chapa de Serra, ação que foi vista como "deselegância do partido" pelos aecistas.
Assim, a ideia do grupo de Aécio é tentar mostrar ao eleitorado mineiro que uma nova derrota do PSDB para o PT pode ser prejudicial ao futuro político do governador.
Na semana passada, Aécio recebeu líderes políticos de diversos partidos e Estados em Belo Horizonte na cerimônia de inauguração da nova sede administrativa do governo de Minas.
Serra, um dos convidados de honra do evento, ouviu da plateia constrangedores gritos de "Aécio presidente". Integrantes da claque também portavam faixas com os dizeres "Agora ou mais para frente Aécio presidente".
Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário