Caracas, 06 fev (Lusa) - O ministro das Relações Exteriores da Venezuela considerou "inaceitável" a mensagem enviada pelo novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, instando o presidente Hugo Chávez a "não reprimir" e a "ouvir o povo venezuelano".
"As declarações do Sr. Shannon são inaceitáveis por traduzirem uma ingerência e serem desrespeitosas na sua forma e conteúdo", afirma o ministro em comunicado.
Segundo o chefe da diplomacia venezuelana "não é função de um diplomata, e menos de um diplomata credenciado num país amigo, pretender dar conselhos a um governo soberano. Esta declaração significa uma nova e grosseira intromissão do seu governo (EUA) nos assuntos internos da República Bolivariana da Venezuela".
Fonte: Expresso - Portugal
"As declarações do Sr. Shannon são inaceitáveis por traduzirem uma ingerência e serem desrespeitosas na sua forma e conteúdo", afirma o ministro em comunicado.
Segundo o chefe da diplomacia venezuelana "não é função de um diplomata, e menos de um diplomata credenciado num país amigo, pretender dar conselhos a um governo soberano. Esta declaração significa uma nova e grosseira intromissão do seu governo (EUA) nos assuntos internos da República Bolivariana da Venezuela".
Fonte: Expresso - Portugal
Um comentário:
A mídia e a quinta coluna
A expressão quinta coluna nasceu durante a Revolução Espanhola em 1939, e depois, foi muito utilizada durante a Segunda Guerra. Entretanto, as atividades que caracterizam esta expressão são muito antigas, datam dos primórdios das lutas sociais e das guerras registradas pela história. A sabotagem é a base dessas atividades.
Seja no campo político, militar ou tecnológico, a tarefa de um grupo ou pessoa considerada quinta-coluna é sabotar por dentro e por fora e de todas as maneiras possíveis, para viabilizar a vitória do inimigo externo, o qual poderia ser facilmente derrotado, caso não existisse um ambiente facilitado pela ação da quinta coluna.
Portanto, a ação de um grupo ou pessoa que atua como quinta coluna pode ocorrer em qualquer nível da sociedade, no plano civil, militar, ou religioso. Assim como os outros participantes de uma guerra, os elementos agem por meio da sabotagem material ou intelectual, propaganda, difusão de boatos, contra-informação, e outras modalidades.
Em outras palavras, seja no campo material ou intelectual, pode-se dizer que a força da quinta coluna reside tanto na possiblidade de atacar internamente quanto na capacidade de desmobilizar ou desarticular uma eventual reação contra um agressor externo.
No campo político e da propaganda, um exemplo pode ser dado com base nas atividades da mídia quando esta oculta, desinforma ou deforma a verdadeira informação. Ao agir assim pratica exatamente a sabotagem informativa, portanto, uma atividade de quinta coluna.
Um exemplo emblemático foi a flagrante conduta golpista do grupo da RCTV, televisão venezuelana de canal aberto, que atuou no frustado golpe de Estado, em abril de 2002, destinado a derrubar o presidente eleito Hugo Chávez. Mais tarde, em 2007, a RCTV, deixou de operar como TV aberta porque o governo venezuelano, na forma da lei, decidiu não renovar a licença de funcionamento. Desta data em diante, o canal passou a operar como TV a cabo, mas entrou novamente em conflito porque insiste em desobedecer a lei.
Finalmente, no Brasil, a mídia mercantil (Globo, Bandeirante, SBT e Record) divulgou com grande celeuma, usando comentaristas de plantão do tipo Boris Casoy, famoso "defensor" dos garis, para explicar e dizer que o presidente Hugo Chávez estava acabando com a liberdade de imprensa e caminhando rapidamente para uma ditadura. Em resumo, estes fatos mostram o poder da propaganda de massa aplicado pela mídia para atingir determinados fins legais ou ilegais.
Francisco Solano de Lima
João Pessoa - PB
08-02-2010
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