01 fevereiro 2010

Depois da Sunoco, Braskem quer mais negócios nos EUA

O governo está conseguindo finalmente realizar seu acalentado projeto de criar uma petroquímica multinacional verde-amarela. Depois de muito corpo a corpo, no qual tiveram participação decisiva a Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Braskem, que anuncia hoje a compra da divisão petroquímica da americana Sunoco, está empenhada em fechar a aquisição de uma das gigantes do mercado americano ainda neste semestre. Neste momento, a negociação está firme com a Ineos, companhia controlada por fundos ingleses, que permitiria à Braskem dobrar de tamanho em resinas. Embora mais frias, não se pode dizer que estejam definitivamente encerradas as conversas com a americana Dow Chemical e a europeia LyondellBassell.

A interlocutores, alta fonte do governo não escondia sua impaciência nos últimos meses diante da demora dessas negociações. Temia que o Brasil perdesse a oportunidade de comprar a preços baixos petroquímicas que passam por dificuldades nos EUA, deixando espaço para o avanço asiático. A Braskem, controlada pela família Odebrecht e Petrobras, avançou com cautela, avaliando preço e condições futuras de mercado. Com a compra da Sunoco, desembolsará cerca de US$ 500 milhões de recursos próprios e se consolidará como líder em resinas plásticas das Américas e oitava no mundo. Mas com a aquisição de um complexo industrial integrado de matéria-prima para avançar em polietileno nos EUA ela estará entre as três maiores do mundo — será financiada pelo BNDES e possível emissão de ações e dívida.

Fonte: Valor Econômico

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