16 janeiro 2010

Chile, segundo turno

Francisco Solano de Lima - João Pessoa - PB

Políticos brasileiros foram para o Chile apoiar o candidato da direita chilena nas eleições de 13 de dezembro de 2009. Esperavam uma vitória definitiva no primeiro turno. Mas, depois do resultado agora apostam no segundo turno a ser realizado em 17 de janeiro de 2010.

A euforia é porque a presidente Michelle Bachelet tem alta popularidade, mas o seu candidato Eduardo Frei não se elegeu no primeiro turno, por isto, acreditam que ele vai perder no segundo turno. Fazem uma analogia grosseira e acham que vai acontecer a mesma coisa com o presidente Lula e a sua candidata Dilma Rousseff. Atualmente, esta é a "tese".

Michelle Bachelet trabalhou para unir os partidos numa frente ampla em torno do candidato da Concertación, o atual senador e ex-presidente Eduardo Frei, que governou o Chile entre 1994-2000. Do outro lado, a Alianza, que reune a direita representada pelo candidato Sebastián Piñera, rico empresário, dono da empresa aérea Lan Chile, da rede de televisão Chile Visión e do time de futebol Colo Colo.

A frente ampla, caso vote unida tem votos para derrotar o candidato da direita, conforme ficou provado pelo resultado das urnas do primeiro turno, quando os candidatos presidenciais concorreram em separado. Nesta fase a surpresa foi a votação recebida pelo presidente do PC, Guillermo Teillier, e seus colegas de partido, Hugo Gutiérrez e Lautaro Carmona, que foram eleitos para a Câmara dos Deputados.

Em um contexto mais geral, a direita trabalha para evitar mais uma derrota conforme aconteceu no Uruguai e na Bolívia. A direita chilena e seus aliados externos fizeram tudo nessa campanha para fragmentar a frente ampla (Concertación). Nesse próximo domingo, dia 17 de 2010, estima-se que algo em torno de sete milhões de eleitores votarão no Chile. Para obter a vitória no segundo turno, o candidato deve conseguir mais de 50% dos votos.

Segundo as últimas pesquisas do jornal La Tercera, o candidato da direita, Sebastián Piñeira (Alianza) aparece com 50,9%. Enquanto o candidato de centro-esquerda Eduardo Frei (Concertación) aparece com 49,1%. Portanto, baseado nessas pesquisas existe praticamente um empate. Estatisticamente, o dado relevante é que Eduardo Frei vem descrevendo até agora uma trajetória sempre crescente nas pesquisas.

Fica claro que o candidato Eduardo Frei representa a alternativa positiva para o bem geral e a felicidade do Chile. Assim, o povo chileno vai para o segundo turno com esta imensa responsabilidade. Enquanto os latino-americanos traumatizados pela tragédia do Haiti, agora olham também para o Chile, na esperança de receberem notícias positivas.

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