Artigo da leitora Caroline Dias Pinheiro
Manifesto minha indignação sobre o incidente ocorrido em universidade de São Bernardo do Campo, em que uma estudante foi barbaramente hostilizada e humilhada devido ao fato de ter ido à aula usando uma roupa considerada curta. A questão não é se a roupa da jovem era ou não curta, estava ou não adequada, mas o desrespeito, a intolerância e o preconceito contra a mulher.
Vigora uma mentalidade de que se a mulher não se enquadra em "padrões" de comportamento, é direito do homem e da sociedade "puni-la", ou seja, humilhá-la e em casos extremos, agredi-la. Casos como este nos lembram vítimas de estupro que são consideradas "culpadas" pela violência que sofreram. O argumento é sempre que a mulher de alguma forma provocou a agressão sofrida, por ter agido de forma "imprópria".
Costumamos nos revoltar ao lembrarmos o tratamento desumano dado às mulheres em países islâmicos, em que elas sofrem sanções e punições, todas fundamentadas por uma mentalidade de que é correto punir mulheres que não se enquadram nos padrões e regras sociais. Foi justamente desta forma que agiram os estudantes do ABC paulista. Julgaram e puniram, humilhando, xingando e expondo ao ridículo uma mulher a qual, independente da roupa que estava vestindo, é um ser humano, uma cidadã, uma mulher, que tem direitos iguais a qualquer pessoa.
Os atos selvagens que foram presenciados na universidade envergonham a todas as mulheres, pois demonstram o quanto ainda precisamos lutar para termos nossa dignidade respeitada, em uma país onde a roupa, o comportamento ou qualquer coisa do gênero são usadas como justificativas para a misoginia, a violência e a intolerância. Também me sinto muito envergonhada pelas muitas estudantes, mulheres, que presenciaram a cena e foram favoráveis ao comportamento dos agressores. Elas próprias acreditam que é de direito molestar outra mulher.
Em pleno século XXI ainda precisamos lutar para sermos respeitadas e há muito pelo que lutar. Não sabemos como ficará a vida de uma cidadã que estuda, cumpre com suas obrigações, depois de ter sua imagem ridicularizada e exposta para o país e para o mundo via internet. Diariamente, mulheres sofrem agressões físicas, assédio sexual, moral e outras formas de violência. Precisamos trabalhar para que isso não aconteça mais, para que as mulheres sejam respeitadas, e não julgadas pelos centímetros de suas saias.
Fonte
Manifesto minha indignação sobre o incidente ocorrido em universidade de São Bernardo do Campo, em que uma estudante foi barbaramente hostilizada e humilhada devido ao fato de ter ido à aula usando uma roupa considerada curta. A questão não é se a roupa da jovem era ou não curta, estava ou não adequada, mas o desrespeito, a intolerância e o preconceito contra a mulher.
Vigora uma mentalidade de que se a mulher não se enquadra em "padrões" de comportamento, é direito do homem e da sociedade "puni-la", ou seja, humilhá-la e em casos extremos, agredi-la. Casos como este nos lembram vítimas de estupro que são consideradas "culpadas" pela violência que sofreram. O argumento é sempre que a mulher de alguma forma provocou a agressão sofrida, por ter agido de forma "imprópria".
Costumamos nos revoltar ao lembrarmos o tratamento desumano dado às mulheres em países islâmicos, em que elas sofrem sanções e punições, todas fundamentadas por uma mentalidade de que é correto punir mulheres que não se enquadram nos padrões e regras sociais. Foi justamente desta forma que agiram os estudantes do ABC paulista. Julgaram e puniram, humilhando, xingando e expondo ao ridículo uma mulher a qual, independente da roupa que estava vestindo, é um ser humano, uma cidadã, uma mulher, que tem direitos iguais a qualquer pessoa.
Os atos selvagens que foram presenciados na universidade envergonham a todas as mulheres, pois demonstram o quanto ainda precisamos lutar para termos nossa dignidade respeitada, em uma país onde a roupa, o comportamento ou qualquer coisa do gênero são usadas como justificativas para a misoginia, a violência e a intolerância. Também me sinto muito envergonhada pelas muitas estudantes, mulheres, que presenciaram a cena e foram favoráveis ao comportamento dos agressores. Elas próprias acreditam que é de direito molestar outra mulher.
Em pleno século XXI ainda precisamos lutar para sermos respeitadas e há muito pelo que lutar. Não sabemos como ficará a vida de uma cidadã que estuda, cumpre com suas obrigações, depois de ter sua imagem ridicularizada e exposta para o país e para o mundo via internet. Diariamente, mulheres sofrem agressões físicas, assédio sexual, moral e outras formas de violência. Precisamos trabalhar para que isso não aconteça mais, para que as mulheres sejam respeitadas, e não julgadas pelos centímetros de suas saias.
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Um comentário:
O curioso é acontecer uma coisa dessas em São Bernardo, na grande São Paulo, eta povo jeca esse hein... Nem no interior acho que temos isso, povo prascóvio...
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