A Síndrome de Diógenes, batizada com o nome do filósofo grego do século IV a.C. Diógenes de Sinope, que vivia como um mendigo e dormia num barril, caracteriza-se pela acumulação de objetos sem valor, isolamento social, falta de pudor e de cuidados com a higiene pessoal e recusa em receber ajuda (Em alemão, a doença se chama Messie-Syndrom. Na Alemanha vivem 1.8 milhões de pessoas com essa doença).
Lembrei disso ao ler sobre a norte-americana Brooke Watts, de 27 anos, presa na última terça-feira (8) nos EUA, por manter seu apartamento infestado de lixo, de acordo com reportagem do jornal "Cincinnati Enquirer".
A mulher foi detida depois que as autoridades encontraram três crianças vivendo no local sem as mínimas condições de higiene. Segundo o relatório policial, a residência não apresentava nenhuma superfície limpa.
Os quartos estavam cheios de roupas sujas, mesmo panorama da pia da cozinha, em que havia uma pilha de louça suja.
Pena que a mulher foi levada para a cadeia em vez de ser encaminhada para tratamento psiquiátrico.
Eu ouvi falar sobre essa doença pela primeira vez aqui na Alemanha. Enquanto no Brasil, ela me era estranha.
Mas em 2003, ao viajar ao Brasil durante três meses, visitei amigas de longa data. E uma delas apresentava essa doença.
Em sua casa, o único lugar onde ainda se podia se sentar era na apertada cozinha. O terraço, sala, quarto de empregada era um lixo só. Os quartos (3) pareciam nunca terem sido arrumados. Tinha poeira de um dedo e roupas jogadas por todo lugar. Sobre os sofás da sala tinha sacos de supermercado cheios de lixo.
Como eu tinha me convidado para ficar alguns dias com ela, mas não sabendo do que ocorria, fiquei sem jeito para dizer não e ir à procura de um hotel.
Dormi sobre um colchão que nem pessoas da rua dormem. Para encostar a cabeça no travesseiro, precisei colocar uma toalha de banho sobre o mesmo.
Sobre o banheiro ... um pesadelo. Todas as vezes que a descargada era dada, subiam vermes pelo ralo. Não sei explicar o porquê.
Ano passado, tornei a visitá-la.
Havia piorado. Só consegui permanecer com ela meia-hora.
Ela tem um casal de filhos - que já saíram de casa.
Eu não sei se eles têm consciência da doença da mãe, ou cansaram de falar ou não se incomodam.
A verdade é que ela é psicóloga, mas não encontra o caminho da saída do buraco em que entrou.
Uma pessoa desse não pode ser presa. Ela precisa de tratamento psiquiátrico.
Lembrei disso ao ler sobre a norte-americana Brooke Watts, de 27 anos, presa na última terça-feira (8) nos EUA, por manter seu apartamento infestado de lixo, de acordo com reportagem do jornal "Cincinnati Enquirer".
A mulher foi detida depois que as autoridades encontraram três crianças vivendo no local sem as mínimas condições de higiene. Segundo o relatório policial, a residência não apresentava nenhuma superfície limpa.
Os quartos estavam cheios de roupas sujas, mesmo panorama da pia da cozinha, em que havia uma pilha de louça suja.
Pena que a mulher foi levada para a cadeia em vez de ser encaminhada para tratamento psiquiátrico.
Eu ouvi falar sobre essa doença pela primeira vez aqui na Alemanha. Enquanto no Brasil, ela me era estranha.
Mas em 2003, ao viajar ao Brasil durante três meses, visitei amigas de longa data. E uma delas apresentava essa doença.
Em sua casa, o único lugar onde ainda se podia se sentar era na apertada cozinha. O terraço, sala, quarto de empregada era um lixo só. Os quartos (3) pareciam nunca terem sido arrumados. Tinha poeira de um dedo e roupas jogadas por todo lugar. Sobre os sofás da sala tinha sacos de supermercado cheios de lixo.
Como eu tinha me convidado para ficar alguns dias com ela, mas não sabendo do que ocorria, fiquei sem jeito para dizer não e ir à procura de um hotel.
Dormi sobre um colchão que nem pessoas da rua dormem. Para encostar a cabeça no travesseiro, precisei colocar uma toalha de banho sobre o mesmo.
Sobre o banheiro ... um pesadelo. Todas as vezes que a descargada era dada, subiam vermes pelo ralo. Não sei explicar o porquê.
Ano passado, tornei a visitá-la.
Havia piorado. Só consegui permanecer com ela meia-hora.
Ela tem um casal de filhos - que já saíram de casa.
Eu não sei se eles têm consciência da doença da mãe, ou cansaram de falar ou não se incomodam.
A verdade é que ela é psicóloga, mas não encontra o caminho da saída do buraco em que entrou.
Uma pessoa desse não pode ser presa. Ela precisa de tratamento psiquiátrico.
2 comentários:
Engraçado, tenho um vizinho que também tem essa síndrome. Dia destes, tiraram mais de um caminhão de sujeira de dentro do quarto onde vive. Só após isto é que ouvi falar de tal doença.
Bibi de BH
Ja tinha ouvido e lido sobre o assunto, mas, nunca de tao perto como agora... trabalhei na casa de uma pessoa, o marido da minha amiga tem essa sindrome, E muito triste e dificil para a familia lidar com tal situacao,
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