Depois de detalhar para jornalistas os auspiciosos resultados do PIB no segundo trimestre do ano, na última sexta-feira (11), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou com exclusividade para o Último Segundo, em São Paulo, sobre as consequências da crise econômico global, um ano depois da sua eclosão, com a quebra do lendário banco de investimento americano Lehman Brothers. A seguir, os principais trechos da conversa com o jornalista José Paulo Kupfer, colunista do iG.
O que a crise global ensinou ao Brasil?
Guido Mantega - Ensinou que vale a pena manter uma economia pouco endividada e pouco dependente, principalmente do sistema financeiro internacional. A primeira lição é que realmente é melhor entrar como credor do que como devedor. No passado, entrávamos nas crises como devedores e apanhamos muito por essa razão.
A segunda lição é que, se uma economia entrar numa crise com uma situação fiscal sólida, será muito mais fácil aplicar políticas anticíclicas sem comprometer as contas públicas. Não adianta fazer uma série de políticas de estímulo, mas, com isso, abrir um buraco fiscal, como aconteceu com outros países.
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Comentário meu: Dia 27 desse mês teremos eleições na Alemanha. E no que depender do CDU, CSU e FDP, o neoliberalismo está mais vivo do que nunca. Quando a crise se acentuou há um ano, a Merkel disse que, passado o pior, voltaria a falar na privatização da Deutsche Bahn (trens).
Semana passada, a estação central de Berlim sofreu um baque. Nao chegava nem saía trem. O povo estava revoltado. Lembrei do que o Fernando Henrique fez com a Petrobras, sucateando-a para facilitar sua privatização.
A Merkel está fazendo exatamente isso. Povo sem transporte ,que odeia esperar, que culpa os trens, que culpa a ineficiência do Estado, que quer vender o dinossauro para o setor privado.
Essa história já conhecemos. E bem.
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