por Rodrigo Viana
Hoje, acordei tarde para o café. Sobre a mesa, além de umas broas de milho, havia o "Estadão" e "O Globo". Desde que decidi cancelar a assinatura da "Folha", após o episódio "ditabranda", minha mulher vez por outra compra outros jornais. Acho que é uma campanha subliminar para que eu assine algum deles.
Hoje, tentei ler os dois. Mas são insuportáveis. Dedicam-se neste sábado a duas tarefas: defender Uribe dos "ataques" de Chavez, e prorrogar o julgamento de Palocci no STF. Que eu saiba, o STF é a suprema corte. Decidiu, está decidido. Mas se a decisão contraria os interesses dos jornais, aí não vale.
As broas de milho, essas eu agradeço. Com café preto bem forte, fazem minha manhã mais agradável. Mas "Estadão" e "O Globo" ninguém merece. São patéticos.
Mais patética foi a notícia que eu encontrei no "Estadão, na página A-11: "PSDB quer abandonar crítica a projetos de Lula".
O jornal "informa" que os tucanos estão orientando as bases do partido a dar "visão positiva" dos programas sociais de Lula. O comando do PSDB não quer passar a "impressão" (impressão?) de que é contra Bolsa-Família, por exemplo.
Tarefa inglória. A base social dos tucanos na classe média de São Paulo (mas também em BH, Rio, Porto Alegre, Curitiba) propaga pelas ruas e pela internet o discurso de que Lula - o "apedeuta" - só se reelegeu porque dá "esmola para os pobres".
Isso é o que pensam tucanos de coração. Eleitores de Serra, Alckmin, Gabeira, Aécio, Yeda...
A Globo tentou ajudar. Fez matérias contra o BolsaFamília, contra as cotas, contra os quilombolas. Só que o discurso não colou.
Agora, às vésperas da eleição, os tucanos resolveram mudar: "Bolsa-Família é legal, sim; a gente é que não tinha percebido".
Isso me lembra a foto do Alckmin, em 2006, vestido de "guerreiro defensor das estatais". Para não passar a impressão (impressão?) de que ia privatizar tudo se ganhasse, Alckmin achou que podia renegar - com uma foto-a história privatista dos tucanos.
Não deu. Tenho um amigo tucano que votou no Alckmin no primeiro turno. Depois daquela foto, ele cravou Lula no segundo turno: "o cara não tem coragem de defender nosso prgrama de privatizações, como vai governar o Brasil?", dizia-me esse amigo.
Em relação ao "Bolsa-Família", a esquizofrenia será a mesma.
Os tucanos estão desesperados. Acionaram os jornais para campanha contra Dilma. Acionaram a Globo contra Lula. Acionaram o Montenegro (do IBOPE) para previsões esdrúxulas dando conta da vitória inexorável de Serra.
Só esqueceram de um detalhe: como acionar os eleitores?
Que programa os tucanos têm a oferecer? Vão manter os programas de Lula? Então pra que votar na oposição?
Eles não têm programa. E não têm militância. O PSDB abriu inscrições na internet para filiados que queiram se cadastrar, com objetivo de votar nas prévias do partido para 2010. Sabe quantos se cadastraram até agora? Mil pessoas. O partido tem (no papel) um milhão de filiados.
A base social tucana é a classe média raivosa que acredita no "Estadão", na "Folha", em "O Globo" e no "Zero Hora". Esses jornais terão tabalho pra convencer esse povo de que o "Bolsa-esmola" - como eles dizem - agora deve se defendido.
Azar o deles. Coloco os jornais no lixo. E vou comer minhas broas de milho.
Aqui
Hoje, acordei tarde para o café. Sobre a mesa, além de umas broas de milho, havia o "Estadão" e "O Globo". Desde que decidi cancelar a assinatura da "Folha", após o episódio "ditabranda", minha mulher vez por outra compra outros jornais. Acho que é uma campanha subliminar para que eu assine algum deles.
Hoje, tentei ler os dois. Mas são insuportáveis. Dedicam-se neste sábado a duas tarefas: defender Uribe dos "ataques" de Chavez, e prorrogar o julgamento de Palocci no STF. Que eu saiba, o STF é a suprema corte. Decidiu, está decidido. Mas se a decisão contraria os interesses dos jornais, aí não vale.
As broas de milho, essas eu agradeço. Com café preto bem forte, fazem minha manhã mais agradável. Mas "Estadão" e "O Globo" ninguém merece. São patéticos.
Mais patética foi a notícia que eu encontrei no "Estadão, na página A-11: "PSDB quer abandonar crítica a projetos de Lula".
O jornal "informa" que os tucanos estão orientando as bases do partido a dar "visão positiva" dos programas sociais de Lula. O comando do PSDB não quer passar a "impressão" (impressão?) de que é contra Bolsa-Família, por exemplo.
Tarefa inglória. A base social dos tucanos na classe média de São Paulo (mas também em BH, Rio, Porto Alegre, Curitiba) propaga pelas ruas e pela internet o discurso de que Lula - o "apedeuta" - só se reelegeu porque dá "esmola para os pobres".
Isso é o que pensam tucanos de coração. Eleitores de Serra, Alckmin, Gabeira, Aécio, Yeda...
A Globo tentou ajudar. Fez matérias contra o BolsaFamília, contra as cotas, contra os quilombolas. Só que o discurso não colou.
Agora, às vésperas da eleição, os tucanos resolveram mudar: "Bolsa-Família é legal, sim; a gente é que não tinha percebido".
Isso me lembra a foto do Alckmin, em 2006, vestido de "guerreiro defensor das estatais". Para não passar a impressão (impressão?) de que ia privatizar tudo se ganhasse, Alckmin achou que podia renegar - com uma foto-a história privatista dos tucanos.
Não deu. Tenho um amigo tucano que votou no Alckmin no primeiro turno. Depois daquela foto, ele cravou Lula no segundo turno: "o cara não tem coragem de defender nosso prgrama de privatizações, como vai governar o Brasil?", dizia-me esse amigo.
Em relação ao "Bolsa-Família", a esquizofrenia será a mesma.
Os tucanos estão desesperados. Acionaram os jornais para campanha contra Dilma. Acionaram a Globo contra Lula. Acionaram o Montenegro (do IBOPE) para previsões esdrúxulas dando conta da vitória inexorável de Serra.
Só esqueceram de um detalhe: como acionar os eleitores?
Que programa os tucanos têm a oferecer? Vão manter os programas de Lula? Então pra que votar na oposição?
Eles não têm programa. E não têm militância. O PSDB abriu inscrições na internet para filiados que queiram se cadastrar, com objetivo de votar nas prévias do partido para 2010. Sabe quantos se cadastraram até agora? Mil pessoas. O partido tem (no papel) um milhão de filiados.
A base social tucana é a classe média raivosa que acredita no "Estadão", na "Folha", em "O Globo" e no "Zero Hora". Esses jornais terão tabalho pra convencer esse povo de que o "Bolsa-esmola" - como eles dizem - agora deve se defendido.
Azar o deles. Coloco os jornais no lixo. E vou comer minhas broas de milho.
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