Sarkozy diz que burca não é bem-vinda na França
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, criticou nesta segunda-feira o uso da burca - traje usado por mulheres muçulmanas que cobre todo o corpo e só deixa os olhos à mostra - e afirmou que não há lugar para esse tipo de vestimenta na França.
Em um discurso histórico, durante uma sessão especial do Parlamento em Versalhes, Sarkozy disse que o uso da burca "reduz a mulher à servidão e ameaça a sua dignidade". Segundo Sarkozy, a burca "não é um sinal de religião, mas de subserviência" e não é "bem-vinda" na França.
O líder francês ainda demonstrou apoio à criação de uma comissão parlamentar para analisar a proibição do uso da burca em lugares públicos no país.
"Não podemos aceitar que tenhamos em nosso país mulheres presas atrás de redes, eliminadas da vida social, desprovidas de identidade", afirmou.
Batalha
Apesar das declarações, Sarkozy afirmou que a França "não deve lutar uma batalhar errada" e defendeu que a religião muçulmana seja respeitada assim como todas as outras no país.
Há cerca de 5 milhões de muçulmanos na França. Em 2004, o governo proibiu o uso do véu islâmico e de outros símbolos religiosos em escolas públicas.
De acordo com a correspondente da BBC em Paris, Emma Jane Kirby, um grupo multipartidário de legisladores franceses pretende agora analisar se a opção de usar a burca é uma decisão voluntária ou se as mulheres estariam sendo forçadas a cobrir o corpo.
Kirby afirma ainda que o grupo já pediu um inquérito especial para analisar se o uso da burca não estaria ameaçando os valores seculares na França.
O discurso de Sarkozy, possível graças a uma emenda constitucional aprovada no ano passado, foi o primeiro de um presidente francês ao Parlamento desde o século 19.
Fonte: BBC
Em um discurso histórico, durante uma sessão especial do Parlamento em Versalhes, Sarkozy disse que o uso da burca "reduz a mulher à servidão e ameaça a sua dignidade". Segundo Sarkozy, a burca "não é um sinal de religião, mas de subserviência" e não é "bem-vinda" na França.
O líder francês ainda demonstrou apoio à criação de uma comissão parlamentar para analisar a proibição do uso da burca em lugares públicos no país.
"Não podemos aceitar que tenhamos em nosso país mulheres presas atrás de redes, eliminadas da vida social, desprovidas de identidade", afirmou.
Batalha
Apesar das declarações, Sarkozy afirmou que a França "não deve lutar uma batalhar errada" e defendeu que a religião muçulmana seja respeitada assim como todas as outras no país.
Há cerca de 5 milhões de muçulmanos na França. Em 2004, o governo proibiu o uso do véu islâmico e de outros símbolos religiosos em escolas públicas.
De acordo com a correspondente da BBC em Paris, Emma Jane Kirby, um grupo multipartidário de legisladores franceses pretende agora analisar se a opção de usar a burca é uma decisão voluntária ou se as mulheres estariam sendo forçadas a cobrir o corpo.
Kirby afirma ainda que o grupo já pediu um inquérito especial para analisar se o uso da burca não estaria ameaçando os valores seculares na França.
O discurso de Sarkozy, possível graças a uma emenda constitucional aprovada no ano passado, foi o primeiro de um presidente francês ao Parlamento desde o século 19.
Fonte: BBC
3 comentários:
Paradoxalmente, eu acho que essa medida fere a liberdade. Mesmo no caso da indefensável burka, mas principalmente quanto à proibição de uso do véu em escolas.
O fato das instituições serem laicas não combina com o ensino religioso. Com isso, concordo plenamente. Mas também não se pode interferir na liberdade de cada um celebrar seus símbolos, um véu, um crucifixo, uma fita colorida ou o que seja.
A meu ver, a Europa está se endireitando e recristianizando, numa nova Cruzada política e intelectual.
Dizem que Maomé era um homem liberal para o seu tempo. E por isso mesmo, correntes liberais do islamismo dizem que o pano e a burca são símbolos culturais e não religiosos. E tais culturas usam dessas ferramentas para oprimir a mulher. Nós vivemos na Europa, lugar onde milhares de mulheres deram a vida para poderem decidir o que querem fazer de suas vidas e não seus maridos, irmãos e filhos ditarem seus caminhos.
Por que o Sarkozy não se opõe ao uso do chapéu judaico????
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