O alvo é a Satiagraha
Para entender a capa da Veja, vamos ao nosso exercício semanal de juntar as pedras do quebra-cabeças óbvio, em cima das jogadas de fim de semana:
1.O alvo não é Protógenes. O delegado é carta fora do baralho no inquérito da Satiagraha. Está afastado, sendo alvo de inquéritos, tendo como juiz um desafeto, Ali Mazloun, e todos os métodos aos quais ele era acusado de recorrer: vazamento seletivo de pedaços do inquérito, com conclusões manipuladas que impedem de enxergar o conjunto. O alvo é a Satiagraha.
2.Para anular a operação, no entanto, torna-se necessário desqualificar o juiz Fausto De Sactis e o procurador De Grandi, por uma razão simples: se comprovado que todas as provas recolhidas nos autos são legais, Protógenes poderá responder por eventuais irregularidades cometidas fora dos autos, mas o inquérito é preservado.
3.O que Veja faz, com a ajuda do corregedor-vazador e dos parlamentares da CPI? Tenta envolver o De Sanctis e De Grandis. Aí ficaria caracterizado o tal “consórcio” e consegue-se anular o inquérito.
4.A matéria da Veja não cita declarações de De Sanctis. Conversei com ele agora de manhã e o juiz me disse que foi procurado pela revista às 5 da tarde de sexta-feira. As edições normais da revista são fechadas ao meio dia. O juiz declarou que informou o Ministério Público - no mesmo inquérito cujos trechos selecionados foram divulgados pela revista - que nunca soube das conversas de Protógenes com a ABIN, nem formal nem informalmente. Mesmo que soubesse (observação minha), a decisão do Ministro Direito - veja nesta página - de que é legal a troca de informações entre instituições do Sistema Brasileiro de Inteligência, anula essa armação contra o delegado. Qual a acusação específica que pesa sobre ele?
5.Até agora não se obteve nenhuma prova de que Protógenes tinha contato permanente com De Sanctis ou De Grandis. De Sanctis já disse várias vezes que o contato era esporádico, no âmbito do inquérito. A quebra do sigilo telefônico de Protógenes visa encontrar as provas que até agora não surgiram.
6.Essa capa da Veja não é uma peça solta, mas obedece a uma lógica. Na terça-feira membro da CPI procurarão De Sanctis para que abra o inquérito para ele. O juiz já adiantou que o inquérito, por ser sigiloso, não será aberto. Provavelmente será convocado para que o massacre contra Protógenes desvie o foco para De Sanctis.
7.Essa nuvem de acusações é manjada. A cada semana soltam acusações que são desmentidas. Na outra semana, mais acusações; na sequencia, mais acusações. Quem acompanha de perto sabe da fragilidade do que é divulgado. Para a opinião pública, passa o barulho, tentando preparar o cenário para a degola de Protógenes, De Sanctis e De Grandis. Só que, quando se analisam os comentários postados nos blogs desses bravos jornalistas defensores dos fortes oprimidos, e nas matérias dos jornais, 90% demonstram desconfiança do que é noticiado.
8.Onde está falhando esta estratégia de mentes tão brilhantes e bem intencionadas?
1.O alvo não é Protógenes. O delegado é carta fora do baralho no inquérito da Satiagraha. Está afastado, sendo alvo de inquéritos, tendo como juiz um desafeto, Ali Mazloun, e todos os métodos aos quais ele era acusado de recorrer: vazamento seletivo de pedaços do inquérito, com conclusões manipuladas que impedem de enxergar o conjunto. O alvo é a Satiagraha.
2.Para anular a operação, no entanto, torna-se necessário desqualificar o juiz Fausto De Sactis e o procurador De Grandi, por uma razão simples: se comprovado que todas as provas recolhidas nos autos são legais, Protógenes poderá responder por eventuais irregularidades cometidas fora dos autos, mas o inquérito é preservado.
3.O que Veja faz, com a ajuda do corregedor-vazador e dos parlamentares da CPI? Tenta envolver o De Sanctis e De Grandis. Aí ficaria caracterizado o tal “consórcio” e consegue-se anular o inquérito.
4.A matéria da Veja não cita declarações de De Sanctis. Conversei com ele agora de manhã e o juiz me disse que foi procurado pela revista às 5 da tarde de sexta-feira. As edições normais da revista são fechadas ao meio dia. O juiz declarou que informou o Ministério Público - no mesmo inquérito cujos trechos selecionados foram divulgados pela revista - que nunca soube das conversas de Protógenes com a ABIN, nem formal nem informalmente. Mesmo que soubesse (observação minha), a decisão do Ministro Direito - veja nesta página - de que é legal a troca de informações entre instituições do Sistema Brasileiro de Inteligência, anula essa armação contra o delegado. Qual a acusação específica que pesa sobre ele?
5.Até agora não se obteve nenhuma prova de que Protógenes tinha contato permanente com De Sanctis ou De Grandis. De Sanctis já disse várias vezes que o contato era esporádico, no âmbito do inquérito. A quebra do sigilo telefônico de Protógenes visa encontrar as provas que até agora não surgiram.
6.Essa capa da Veja não é uma peça solta, mas obedece a uma lógica. Na terça-feira membro da CPI procurarão De Sanctis para que abra o inquérito para ele. O juiz já adiantou que o inquérito, por ser sigiloso, não será aberto. Provavelmente será convocado para que o massacre contra Protógenes desvie o foco para De Sanctis.
7.Essa nuvem de acusações é manjada. A cada semana soltam acusações que são desmentidas. Na outra semana, mais acusações; na sequencia, mais acusações. Quem acompanha de perto sabe da fragilidade do que é divulgado. Para a opinião pública, passa o barulho, tentando preparar o cenário para a degola de Protógenes, De Sanctis e De Grandis. Só que, quando se analisam os comentários postados nos blogs desses bravos jornalistas defensores dos fortes oprimidos, e nas matérias dos jornais, 90% demonstram desconfiança do que é noticiado.
8.Onde está falhando esta estratégia de mentes tão brilhantes e bem intencionadas?
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