13 dezembro 2008

Supremo preocupado com injustiças sociais: "No Brasil só o rico é preso".

por Gilmar Rodrigues

O Supremo Tribunal Federal, em seus últimos excelsos pareceres, jurisprudências e habeas corpus jurisconsultos, tem mostrado uma tremenda sensibilidade social. Chocado com a violência com que são tratadas as camadas sociais privilegiadas, a máxima instância da Justiça da República, o garbo Tribunal maior da nação, resolveu proibir o uso de algemas, a exposição pública da canalhice, a escuta telefônica em mansões e as prisões para os maiores de 100 mil reais por mês.

Para deter as cenas bárbaras de um milionário algemado ao sair de seu casarão, da violência degradante de um banqueiro alojado na parte de trás de um camburão, sem que este, tenha sequer um frigobar; para dar um basta no arbítrio de socialites apodrecendo em celas sem jacuzzi, o Supremo Tribunal corre a madrugada para lançar alvarás de soltura e habeas corpus coletivos para as quadrilhas.

- Não era possível suportar mais os desmandos da PF. Eles invadiam as casas pelo campo de golfe, arrombavam a porta das mansões a pontapés e, ao entrar, ainda desligavam o Nintendo na tela de LCD das crianças. Uma gentalha ignorante. Vocês acreditam que o agente que prendeu o meu marido, não sabia o que era Ipod e Blootooth?! Era preciso dar um basta em tanta brutalidade – queixou-se a esposa de um célebre banqueiro, que passou dois dias em prisão preventiva, domiciliar, especial, e em muito boa companhia.

Com essa onda de repressão aos milionários, a carceragem da Polícia Federal está abarrotada de nababos. Parece uma festa no Jóquei Club. Os policiais já estão preparando um esquema especial de segurança para evitar rebeliões e suas desagradáveis cenas de presos botando fogo em colchões ortopédicos e lençóis de seda, ameaçando os carcereiros com um florete de esgrima e exigindo um Airbus-550 para fugir para Dubai. Já existem até indícios de revolta nos Pavilhões do tipo resort: há poucos dias foi descoberto um túnel ligando uma conhecida penitenciária paulista à Daslu.

- Os presos não queriam nem fugir, afinal a vida deles na cela é um espetáculo, mas sentiam falta de consumir na Daslu. Então os caras iam até a loja, faziam suas compras e voltavam. O túnel era chiquérrimo cheio de vitrais italianos , com paredes em mármore carrara. Mas os detentos brigaram por causa da comissão da obra, uma licitação vencida pela Odebrecht, e, na confusão, a polícia acabou descobrindo a construção” – revela o superintendente da Polícia Federal em Brasília.

Ignorância Times

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