Delfim Netto diz que virtude de Lula é falar a verdade sobre a economia
Em meio ao desespero nos mercados, Lula surge como encarnação do otimismo
Para o economista Antônio Delfim Netto, ministro da Fazenda em tempos de chumbo e de milagre econômico, o que fará a diferença na economia do tão temido ano de 2009 é a sensibilidade do brasileiro. E, segundo o professor emérito da FEA-USP, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a encarnação do otimismo. "Lula é o maior economista do Brasil", diz Delfim. Em entrevista à Agência Estado, concedida na manhã do dia 10 de dezembro, em seu escritório localizado ao lado do Estádio do Pacaembu, no bairro paulistano de Higienópolis, o economista falou de Platão, Aristóteles, Henry Paulson, Alan Greenspan e, claro, Lula. A seguir, os principais trechos da entrevista.
por Roberval Angelo Schincariol e Roger Marzochi
Qual a avaliação que o sr. faz sobre os impactos da crise financeira no Brasil em 2009?
Você está em um ambiente complicado e é claro que o Brasil vai pagar o preço de fazer parte do mundo, como tem os benefícios. O Brasil usou a expansão que houve no mundo. E eu estou convencido de que esta crise é, simplesmente, a própria crise de 2001 consertada pelos economistas. Teve a crise em 2001, que foi a crise do pontocom, que explodiu, e apareceu aquela patifaria da Enron. E como é que os economistas resolveram essa crise? Fornecendo liquidez e permitindo que toda a imaginação do sistema financeiro se exercitasse plenamente, com a idéia de que o sistema tinha em si uma moralidade ínsita. Portanto, ninguém precisa se preocupar porque é tudo gente correta, que não vai fazer nada de patifaria...
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Em meio ao desespero nos mercados, Lula surge como encarnação do otimismo
Para o economista Antônio Delfim Netto, ministro da Fazenda em tempos de chumbo e de milagre econômico, o que fará a diferença na economia do tão temido ano de 2009 é a sensibilidade do brasileiro. E, segundo o professor emérito da FEA-USP, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a encarnação do otimismo. "Lula é o maior economista do Brasil", diz Delfim. Em entrevista à Agência Estado, concedida na manhã do dia 10 de dezembro, em seu escritório localizado ao lado do Estádio do Pacaembu, no bairro paulistano de Higienópolis, o economista falou de Platão, Aristóteles, Henry Paulson, Alan Greenspan e, claro, Lula. A seguir, os principais trechos da entrevista.
por Roberval Angelo Schincariol e Roger Marzochi
Qual a avaliação que o sr. faz sobre os impactos da crise financeira no Brasil em 2009?
Você está em um ambiente complicado e é claro que o Brasil vai pagar o preço de fazer parte do mundo, como tem os benefícios. O Brasil usou a expansão que houve no mundo. E eu estou convencido de que esta crise é, simplesmente, a própria crise de 2001 consertada pelos economistas. Teve a crise em 2001, que foi a crise do pontocom, que explodiu, e apareceu aquela patifaria da Enron. E como é que os economistas resolveram essa crise? Fornecendo liquidez e permitindo que toda a imaginação do sistema financeiro se exercitasse plenamente, com a idéia de que o sistema tinha em si uma moralidade ínsita. Portanto, ninguém precisa se preocupar porque é tudo gente correta, que não vai fazer nada de patifaria...
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