28 novembro 2008

Doido tem em todo lugar

Escola alemã é fechada por permitir que alunos brinquem nus

Marcio Damasceno De Berlim para a BBC Brasil

Um jardim da infância da cidade de Duisburg, no oeste da Alemanha, foi fechado após protestos de pais irritados porque funcionários teriam permitido durante meses que alunos da escola brincassem nus.

A administração do estabelecimento público deu permissão às brincadeiras após as férias do meio deste ano, depois que alguns alunos começaram a tirar espontaneamente suas roupas durante o recreio.

Os professores decidiram, então, reservar uma das salas de aula para que grupo de cinco a dez meninos e meninas pudesse brincar sem roupas, sem incomodar os outros alunos.

Os pais dessas crianças foram informados. As outras famílias, entretanto, não ficaram sabendo das novas práticas.

A recreação sem roupa só veio a público depois de um garoto ter contado à mãe ter visto um menino e uma menina nus, trocando contatos íntimos no colégio.

Grande parte dos responsáveis pelos alunos protestou. Uma reunião entre pais e professores terminou em confusão, após alguns pais acusarem os funcionários da escola de promover "pornografia".

Somente cerca de 40 dos 120 alunos continuaram freqüentando o jardim de infância. Os outros pais boicotam a escola por semanas.

A escola ficará fechada por quatro semanas a partir da próxima segunda-feira.

A diretora do jardim de infância foi afastada, e as autoridades da cidade afirmaram que os funcionários restantes serão remanejados para outros estabelecimentos de ensino da região.

"A confiança dos pais nesses funcionários se acabou", disse Thomas Krützberg, diretor do departamento de proteção à criança de Duisburg.

A procuradoria pública confirmou nesta quinta-feira que, após queixa de pais, abriu inquérito para apurar se houve negligência dos professores e pedagogos.

A administração da cidade ressalta que não foi informada das novas práticas da escola e que não concorda com o método.

"Lamentamos profundamente o ocorrido e, por isso, decidimos acabar imediatamente com o que vinha acontecendo", afirmou Anja Huntgeburth, porta-voz da Prefeitura de Duisburg.

"Caso todos os pais tivessem sido informados, teria ficado claro que não havia apoio para a idéia", disse.

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