Deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS) se acovarda

Sem lastro e coragem, o deputado-humorista Dagoberto recua da direção do Conselho de Ética da Câmara para não julgar o colega.

O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP) é acusado pela Polícia Federal de uma lista sem fim de crimes de toda ordem com o dinheiro do BNDES.

Às vésperas da instalação do processo por quebra do decoro parlamentar o Dagoberto pediu afastamento. Alegou "questões éticas" para pular fora do barco.

Dagoberto disse que, se votar a favor da cassação de Paulinho, vai sofrer desgastes no PDT. Ao mesmo tempo, teme que sua imagem fique arranhada junto à opinião pública se absolver o parlamentar.

"Eu acho que, de qualquer jeito, eu perco. Eu não vou participar dessa votação dele."

Dagoberto afirmou, no entanto, que pretende participar do processo de investigação antes de declarar-se impedido de permanecer no conselho.

Ele se juntará para resolver a questão ou para embaralhar as provas?

O deputado-humorista disse estar disposto a mudar de idéia somente se surgirem "provas contundentes" contra Paulinho. "Se tiver coisas concretas, não me afasto e voto pela cassação."