25 abril 2008

RS URGENTE: DELEGADO DIZ QUE GOVERNADORA COMPROU MANSÃO COM "SOBRA" DE CAMPANHA

Blog do Carlos Azenha

WASHINGTON - A coisa está pegando no Rio Grande do Sul, informa o RS Urgente. A Assembléia Legislativa do estado faz a CPI do Detran, que nasceu a partir de uma investigação da Polícia Federal:

A madrugada desta sexta-feira foi marcada por dois acontecimentos explosivos envolvendo as investigações sobre a ação de uma quadrilha no Detran gaúcho. O delegado de polícia Luiz Fernando Tubino afirmou, na CPI do Detran, que tem informações da Operação Rodin dando conta que o lobista tucano Lair Ferst (um dos principais acusados de pertencer à quadrilha) pagou R$ 400 mil da casa comprada pela governadora Yeda Crusius (PSDB) no final de 2006, logo após o segundo turno da campanha eleitoral. Segundo Tubino, a casa foi comprada do consultor Eduardo Laranja, dono da Self Engenharia, empresa que seria uma das maiores devedoras do Banrisul.

Ainda conforme Tubino, a casa em estilo inglês de aproximadamente 700 metros quadrados e com quatro pisos chegou a ser anunciada para venda em jornais por R$ 1,5 milhão. Garantindo ter informações relativas às investigações da Operação Rodin, os R$ 400 mil seriam sobras da campanha eleitoral de Yeda, em 2006. O delegado fez uma série de outras denúncias que, segundo ele, já foram encaminhadas ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Especial do Tribunal de Contas.

Segundo ele, há duas torres gêmeas que precisam ser derrubadas na política gaúcha. “O Banrisul e o Detran são duas torres que precisam ser investigadas e derrubadas. Isso vai mudar para melhor a vida política do Rio Grande do Sul”, garantiu. Tubino disse que o Ministério Público já tem informações importantes relacionadas às denúncias feitas pelo vice-governador Paulo Feijó (DEM) sobre irregularidades no Banrisul.
Para entender melhor o que foi a Operação Rodin, reproduzo notícia da Agência Brasil do dia 16/11/2007

BRASÍLIA - A Receita Federal do Brasil deu início nesta terça-feira, junto com a Polícia Federal e o Ministério Público à Operação Rodin, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que desviava recursos de Detrans usando fundações de apoio universitárias e empresas administradas por laranjas.

A operação se realiza simultaneamente em Porto Alegre (RS) e Santa Maria (RS) e São Luiz (MA), com 14 mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça Federal a pedido da Procuradoria da República, com seqüestro de bens e de contas bancárias, além de busca de documentos e computadores.

Os investigadores constataram que os envolvidos atuavam no Detran do Rio Grande do Sul, efetuando contratos para avaliação teórica e prática na habilitação de motoristas, sem licitação e com apoio das fundações de apoio universitárias.

Os serviços eram prestados com a utilização da estrutura física e de pesquisadores da Universidade de Santa Maria. Os suspeitos efetuavam subcontratações ilegais com serviços superfaturados.

Tanto o Detran do Rio Grande do Sul quanto a Universidade de Santa Maria são vitimas da organização criminosa investigada.

Os presos serão enquadrados nos crimes de formação de quadrilha, fraude a licitações, tráfico de influência, sonegação fiscal e estelionato, entre outros. A operação envolve 46 auditores fiscais e analistas da Receita Federal do Brasil e 252 policiais federais.

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