27 fevereiro 2008

Nunca na história desse país...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (26) que o Estado deve investir em infra-estrutura, educação e geração de emprego como forma de oferecer oportunidades à população e evitar a criminalidade.

"O ser humano vive à procura de oportunidades, se o Estado não oferece, se as empresas não oferecem, se as prefeituras não oferecem, o crime organizado oferece, a bandidagem oferece", acrescentou o presidente.

Em discurso durante visita às obras da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), em Santa Cruz, no Rio, Lula defendeu investimentos em áreas carentes da cidade, mas não uma intervenção com a polícia.

“Nós vamos visitar o Complexo do Alemão, vamos visitar Manguinhos, vamos visitar a Rocinha para levar investimentos de milhões e milhões de reais para fazer casa, escola, rua, hospital, água e esgoto. Se porrada educasse as pessoas, bandido saía da cadeia santo. O que educa as pessoas são oportunidades, são gestos de solidariedade, é as pessoas acreditarem que amanhã terão oportunidade”, afirmou.

O presidente disse ainda que durante muitas décadas não houve investimento adequado em educação no Brasil. "Parece que as pessoas que governaram já tinham tido sua oportunidade, para que dar [oportunidade] para os outros", questionou. "Como não tive diploma, eu sei a razão de dar para o trabalhador as oportunidades que os governantes não deram a mim quando eu tinha 18, 19 anos", lembrou.

Ao final de oito anos de mandato, afirmou Lula, seu governo terá entregue 214 novas escolas técnicas federais – número bem superior às 140 construídas entre 1909 e 2003.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, ter uma responsabilidade maior em não errar com a população brasileira porque vai ter de voltar ao convívio com os trabalhadores quando acabar seu mandato na Presidência da República.

“Não vou para Paris ou Londres ao término do meu mandato”, disse, garantindo que voltará a morar em São Bernardo, a 800 metros do Sindicato dos Metalúrgicos.

"Antigamente nesse país o governante errava, saía do governo e passava oito meses na Europa estudando, dando aula não sei aonde. Depois entrava outro, errava e acontecia o mesmo. Tenho consciência que, ao deixar a Presidência, meus amigos serão o conjunto dos trabalhadores brasileiros que me ajudaram a chegar à Presidência", afirmou.

Com agências

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