19 fevereiro 2008

Alguém desenha para eu entender?

A Globo denunciando o SERRA? Com que objetivo? O Serra perdeu a força de filtrar as notícias sobre ele?

Metrô admite que há indícios de falha em licitações

Funcionários são suspeitos de receber propina de empresa que venceu concorrências.
Companhia suspende licitação de R$ 3 milhões.

O Metrô de São Paulo admitiu nesta segunda-feira (18) que há indícios de superfaturamento nas licitações para compra de equipamentos mostradas domingo (17) pelo Fantástico. Funcionários da companhia são suspeitos de receber propina para ajudar uma empresa a ganhar as concorrências.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB) disse que vai atuar com rigor. "A investigação está sendo feita onde há suspeita. Você não pode fazer investigação sobre tudo, independentemente de ter suspeição ou não. Onde tem suspeição a gente vai, investiga e atua duramente."(o Serra é mesmo um palhaço, pois não?)

O Metrô suspendeu a licitação de R$ 3 milhões que previa a substituição do sistema de combate a incêndio na Linha 1, inaugurada na década de 1970, que liga o bairro do Tucuruvi, na Zona Norte, ao Jabaquara, na Zona Sul.

Um dos produtos mais caros oferecidos ao Metrô pela Ezalpha, a vencedora do pregão, são detectores de aspiração que dão o alerta em caso de fumaça. Preço do produto sem a instalação oferecido ao Metrô: R$ 22.174. Preço para a reportagem: R$ 15.230, uma diferença de 45%.

Outras duas licitações vencidas pela Ezalpha em 2007 eram para o fornecimento de 540 kits . Cada conjunto com detector e base custou R$ 225. A reportagem do Fantástico comprou tudo por R$ 99,70. O preço pago pelo Metrô foi 125% maior.

"Eles dividem a parte que é superfaturada, entre eles. Departamento de Engenharia e Departamento de Manutenção do Metrô", diz o denunciante. O homem acompanhou as licitações.

Segundo o denunciante, uma anotação de um dos donos da Ezalpha mostra como seria dividido o valor pago a mais: "JS seria Jorge Secall é ex-funcionário do Metrô, gerente de manutenção na época dos pregões. MD é Marcelo Diman - engenheiro do Metrô. Os dois negam que tenham recebido propina para favorecer a Ezalpha.” Paul Jablon, dono da Ezalpha afirma que as iniciais podem se referir a outros assuntos: "Md pode ser por exemplo máximo desconto e js pode ser juros sortidos", afirmou.

Contra Diman, há um e-mail em que ele avisa a Ezalpha sobre o pregão. E uma viagem à Europa, paga pela empresa. "As empresas pagam, mas assim, a gente sai de férias, entendeu? A gente vai como pessoa fisica", diz Diman. A comissão do Metrô que apura as denúncias de fraude nos pregões afastou o funcionário Marcelo Diman porque considerou que o e-mail e a viagem feriram o código de ética da empresa.

O Metrô também suspendeu o pagamento de quase R$ 3 milhões à Ezalpha e busca formas jurídicas de recuperar o que pagou a mais nas outras duas licitações. A companhia também vai declarar a Ezalpha uma empresa inidônea, o que vai impedir que participe de licitações pelos próximos anos.

"A empresa foi chamada hoje, apresentou suas justificativas. Os funcionários serão chamados na seqüência e ao longo desse período nós vamos ter condições de afirmar a existência ou não desse superfaturamento", disse o diretor de assuntos corporativos do Metrô, Sérgio Avelleda.

PIG

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