Humanismo é para rico e branco

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, ontem, por oito votos a um, o pedido de "habeas corpus" para o ex-banqueiro Salvatore Cacciola responder em liberdade ao processo em que é acusado de apropriação de dinheiro público no escândalo do Banco Marka. Com isso, Cacciola permanecerá preso se for extraditado pela Justiça de Mônaco ao Brasil.

Só o ministro Marco Aurélio Mello foi favorável ao "habeas corpus". É, é aquele que solta bandido rico para que fuja. Ele justificou a sua decisão, de julho de 2000, que tirou Cacciola da prisão, permitindo a sua fuga para a Itália. Para Marco Aurélio, a prisão do italiano só será possível quando ele for condenado e não couber mais recurso a essa decisão. "Para mim, pouco importa se a bandeira é popular ou não. Enquanto juiz, atuarei sempre de acordo com a minha ciência, presente o direito e, acima de tudo, de acordo com minha formação humanística."

Esse Mello pensa que engana a gente. Ele só defende o Cacciola porque o homem faz parte daquela famosa elite a quem o ex-governador de São Paulo, o Claudio Lembo, se referia.

Se fosse negro, ou/e puta, ou/e pobre a lei seria aplicada ao pé da letra. Sem humanismo ou sentimentalismo.