REDE DE INTRIGAS
Renan Calheiros*
Na ausência de fatos, vendem-se mentiras. Na absoluta incapacidade de apresentação de provas, forjam-se intrigas. Não há limites éticos para os que alimentam um processo de natureza política. Nem limites morais para quem se vê no pleno direito de atacar os que não lhe são convenientes. É essa a única leitura possível diante das denúncias – descabidas e levianas, como todas as anteriores – de espionagem e de tentativas de intimidação contra senadores.
A história tem-se repetido de forma incansável ao longo dos últimos quatro meses e meio. Pior: vem ganhando contornos cada vez mais sombrios, à medida que, uma a uma, as falsas acusações contra mim são desmascaradas. Para garantir espaço na mídia e sustentar um clima de crise política, adversários inescrupulosos inventam histórias absurdas, manipulam informações e tentam criar um ambiente de discórdia e ameaça onde sempre prevaleceu o respeito e o diálogo.
O plenário do Senado foi bem claro: pelo voto, concluiu que as denúncias são infundadas, que as provas que apresentei são verídicas. Mas nem isso calou a campanha irresponsável de quem mira a Presidência da Casa e não aceita um julgamento isento e democrático. E conta com a cumplicidade de uma revista que há muito abandonou o jornalismo para servir de ponta de interesse a um grupo editorial que lesa o interesse nacional e despreza a democracia e suas instituições.
Tentar me indispor com os senadores é a última cartada de quem não consegue sequer uma prova contra mim. Mas é uma cartada desesperada, que não resiste à mais simples análise política. Se conquistei a confiança e o respeito de aliados e adversários ao longo dos últimos anos, se fui eleito por uma maioria expressiva de votos para dois mandatos como Presidente do Senado, foi graças a uma postura sempre transparente e à constante disposição para o diálogo, foi graças ao respeito que sempre tive por todos os senadores, independente de coloração partidária.
Não pedi, não autorizei, não fiz, nem farei qualquer ação de espionagem, qualquer levantamento de informações, qualquer iniciativa no sentido de ameaçar ou chantagear colegas de Senado. Não cultivo a truculência nem a intolerância, não compactuo com a intriga, não há espaço na minha formação pessoal para esse tipo de atitude. Exijo apenas, como exigi desde o início, amplo direito de defesa. Reitero, apenas, que o Senado e a sociedade continuem a ter uma postura isenta e não se curvem a pressões ilegítimas, não aceitem passivamente acusações infundadas, sem qualquer prova.
Não se surpreendam se surgir outra calúnia, outra invencionice desesperada. Sempre sem fundamento, cada vez mais absurda. Cada uma será derrubada da mesma forma: com a verdade.
*Presidente do Senado Federal
(Texto originalmente publicado no Blogdosblogs)
A história tem-se repetido de forma incansável ao longo dos últimos quatro meses e meio. Pior: vem ganhando contornos cada vez mais sombrios, à medida que, uma a uma, as falsas acusações contra mim são desmascaradas. Para garantir espaço na mídia e sustentar um clima de crise política, adversários inescrupulosos inventam histórias absurdas, manipulam informações e tentam criar um ambiente de discórdia e ameaça onde sempre prevaleceu o respeito e o diálogo.
O plenário do Senado foi bem claro: pelo voto, concluiu que as denúncias são infundadas, que as provas que apresentei são verídicas. Mas nem isso calou a campanha irresponsável de quem mira a Presidência da Casa e não aceita um julgamento isento e democrático. E conta com a cumplicidade de uma revista que há muito abandonou o jornalismo para servir de ponta de interesse a um grupo editorial que lesa o interesse nacional e despreza a democracia e suas instituições.
Tentar me indispor com os senadores é a última cartada de quem não consegue sequer uma prova contra mim. Mas é uma cartada desesperada, que não resiste à mais simples análise política. Se conquistei a confiança e o respeito de aliados e adversários ao longo dos últimos anos, se fui eleito por uma maioria expressiva de votos para dois mandatos como Presidente do Senado, foi graças a uma postura sempre transparente e à constante disposição para o diálogo, foi graças ao respeito que sempre tive por todos os senadores, independente de coloração partidária.
Não pedi, não autorizei, não fiz, nem farei qualquer ação de espionagem, qualquer levantamento de informações, qualquer iniciativa no sentido de ameaçar ou chantagear colegas de Senado. Não cultivo a truculência nem a intolerância, não compactuo com a intriga, não há espaço na minha formação pessoal para esse tipo de atitude. Exijo apenas, como exigi desde o início, amplo direito de defesa. Reitero, apenas, que o Senado e a sociedade continuem a ter uma postura isenta e não se curvem a pressões ilegítimas, não aceitem passivamente acusações infundadas, sem qualquer prova.
Não se surpreendam se surgir outra calúnia, outra invencionice desesperada. Sempre sem fundamento, cada vez mais absurda. Cada uma será derrubada da mesma forma: com a verdade.
*Presidente do Senado Federal
(Texto originalmente publicado no Blogdosblogs)
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