"Como endireitar um esquerdista"
É com esse título que Frei Betto fala sobre a ascenção de um esquerdista.
No poder, o pseudo-esquerdista se corrompe, a ponto de vender a própria mãe - da mesma maneira que um de direita faz, só que este, usualmente.
Ontem à noite terminei de ler 'A Mosca Azul'. Foi o primeiro livro que li do Frei Betto. Gostei imensamente. Mergulhei um pouco na podridão que infesta também o PT. Aprendi sobre a guerra de interesses, a busca pelo 'brilho' momentâneo e a falta de escrúpulos de alguns.
Quando lá em cima chegam, esquecem de quem os coloca ali.
Para falar a verdade evito tentar entrar em contato com políticos. Eles não dão a mínima para seus eleitores.
Dentre os políticos que tentei entrar em contato, a única que me respondeu foi a deputada do PSol, Luciana Genro. Sendo ela da Comissão, escrevi-lhe para ver como andava o Projeto de Lei que facilita a homologação de divórcios realizados no exterior. (Eu acompanho o Projeto 791/2007 com atenção e atualizo nos meus blogues.)
Outro dia escrevi para o Alceni Guerra, o atual responsável pelo PL. Nada. Ele não se dignou a escrever uma linha.
O homem é muito importante!
Mas vamos ao texto do Frei Betto.
"Ser de esquerda é, desde que essa classificação surgiu na Revolução Francesa, optar pelos pobres, indignar-se frente à exclusão social, inconformar-se com toda forma de injustiça ou, como dizia Bobbio, considerar aberração a desigualdade social.
Ser de direita é tolerar injustiças, considerar os imperativos do mercado acima dos direitos humanos, encarar a pobreza como nódoa incurável, julgar que existem pessoas e povos intrinsecamente superiores a outros.
Ser esquerdista - patologia diagnosticada por Lênin como "doença infantil do comunismo" - é ficar contra o poder burguês até fazer parte dele. O esquerdista é um fundamentalista em causa própria. Encarna todos os esquemas religiosos próprios dos fundamentalistas da fé. Enche a boca de dogmas e venera um líder. Se o líder espirra, ele aplaude; se chora, ele entristece; se muda de opinião, ele rapidinho analisa a conjuntura para tentar demonstrar que na atual correlação de forças..."
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No poder, o pseudo-esquerdista se corrompe, a ponto de vender a própria mãe - da mesma maneira que um de direita faz, só que este, usualmente.
Ontem à noite terminei de ler 'A Mosca Azul'. Foi o primeiro livro que li do Frei Betto. Gostei imensamente. Mergulhei um pouco na podridão que infesta também o PT. Aprendi sobre a guerra de interesses, a busca pelo 'brilho' momentâneo e a falta de escrúpulos de alguns.
Quando lá em cima chegam, esquecem de quem os coloca ali.
Para falar a verdade evito tentar entrar em contato com políticos. Eles não dão a mínima para seus eleitores.
Dentre os políticos que tentei entrar em contato, a única que me respondeu foi a deputada do PSol, Luciana Genro. Sendo ela da Comissão, escrevi-lhe para ver como andava o Projeto de Lei que facilita a homologação de divórcios realizados no exterior. (Eu acompanho o Projeto 791/2007 com atenção e atualizo nos meus blogues.)
Outro dia escrevi para o Alceni Guerra, o atual responsável pelo PL. Nada. Ele não se dignou a escrever uma linha.
O homem é muito importante!
Mas vamos ao texto do Frei Betto.
"Ser de esquerda é, desde que essa classificação surgiu na Revolução Francesa, optar pelos pobres, indignar-se frente à exclusão social, inconformar-se com toda forma de injustiça ou, como dizia Bobbio, considerar aberração a desigualdade social.
Ser de direita é tolerar injustiças, considerar os imperativos do mercado acima dos direitos humanos, encarar a pobreza como nódoa incurável, julgar que existem pessoas e povos intrinsecamente superiores a outros.
Ser esquerdista - patologia diagnosticada por Lênin como "doença infantil do comunismo" - é ficar contra o poder burguês até fazer parte dele. O esquerdista é um fundamentalista em causa própria. Encarna todos os esquemas religiosos próprios dos fundamentalistas da fé. Enche a boca de dogmas e venera um líder. Se o líder espirra, ele aplaude; se chora, ele entristece; se muda de opinião, ele rapidinho analisa a conjuntura para tentar demonstrar que na atual correlação de forças..."
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